08/11/2022 - 6:07
No dia 8 de novembro de 1939, Hitler escapou por pouco de um atentado que matou oito pessoas numa cervejaria de Munique. A bomba, detonada no porão da cervejaria Bürgerbräu, matou oito pessoas e causou ferimentos em outras 63. Tratava-se de um atentado a Adolf Hitler, que havia se retirado do local pouco antes da explosão. Seu autor, Johann Georg Elser, capturado na mesma noite ao tentar fugir para a Suíça, ficou preso no campo de concentração de Dachau.
A guerra iniciada por Hitler poucos meses antes preocupava os alemães. Os principais críticos da tática expansionista do líder nazista estavam entre os políticos, funcionários do alto escalão militar ou dos ministérios do Reich. Havia também individualistas, como o carpinteiro Georg Elser, de 36 anos.
Nos poucos dias que antecederam a reunião anual para lembrar o atentado fracassado contra Hitler de 1923, Elser conseguiu entrar mais de 30 vezes, à noite e despercebido, nos salões no porão da cervejaria Bürgerbräu e montar o artefato dentro de um pilar de madeira. Ele havia conseguido o explosivo numa pedreira, onde começou a trabalhar exclusivamente para roubar a dinamite.
Prisão na mesma noite
Devido à guerra, as festividades tiveram um programa bem mais curto do que o previsto. Por isso, o discurso de Hitler aconteceu bem mais cedo e ele deixou o local exatamente 13 minutos antes de a bomba explodir. Elser foi preso na mesma noite, quando tentava escapar para a Suíça.
O ódio a Hitler, a morte do irmão num campo de concentração e seus contatos com a resistência comunista o haviam levado a cometer o atentado. Georg Elser ficou preso no campo de concentração de Dachau, perto de Munique, sendo assassinado por membros da Gestapo e da SS em abril de 1945, quase no final da guerra.