10/05/2022 - 5:31
Na madrugada de 10 de maio de 1940, a Alemanha iniciou a grande ofensiva ocidental, ou Caso Amarelo, denominação dada pelos estrategistas alemães. Depois que aviões alemães jogaram minas diante dos portos belgas e holandeses, foi iniciada a invasão pelas tropas alemãs de infantaria às 5h35min de 10 de maio de 1940. A linha de frente estendia-se de Nimwegen até a fronteira sul de Luxemburgo.
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Na verdade, Hitler já pretendia iniciar este ataque um ano antes, mas adiou a data da invasão por 29 vezes. Enquanto ele assegurava a amizade da Alemanha aos pequenos países do oeste nos seus discursos oficiais, os preparativos para a guerra estavam sendo feitos, há muito tempo, secretamente. Uma ordem de Hitler, datada de 9 de outubro de 1939, determinava que na ala norte da frente ocidental, teria de ser preparada uma operação de ataque através dos territórios luxemburguês-belga e holandês.
Esse ataque deveria ser levado a cabo da maneira mais forte e o mais cedo possível. “O objetivo dessa operação de ataque é vencer o máximo possível de forças do Exército francês e, ao mesmo tempo, conquistar o máximo possível de território holandês, belga e norte-francês como base para uma promissora operação aérea e marítima contra a Inglaterra”, ditava a ordem.
Vida como combate
Apesar de as fantasias de Hitler em relação ao “espaço vital” estarem voltadas principalmente para o Leste, uma guerra contra os países europeus ocidentais parecia-lhe inevitável. Em muitos dos seus discursos, ele expressara sua absurda “teoria” da vida como um combate.
“A Terra é um troféu que passa de mão em mão. Este troféu é sempre entregue aos povos que o merecem e que, na luta da vida, mostram-se suficientemente fortes para assegurar a própria base existencial. O direito a este barco é dado de maneira igual a todas as pessoas. Quem quiser viver tem de se impor. E quem não pode se impor não tem valor para viver e fracassará. Este é um princípio duro, mas justo. A Terra não está aí para povos covardes, para fracos e para preguiçosos, mas a Terra está aí para aqueles que a tomarem.”
Seguindo este lema cínico, as Forças Armadas alemãs atacaram pela segunda vez, no prazo de 25 anos, os países neutros Holanda, Bélgica e Luxemburgo. Irado mas de mãos atadas, o governo belga protestou contra a invasão no dia 10 de maio:
“Apesar de a Alemanha não ter feito nenhuma declaração de guerra, o Exército alemão acabou de transpor as fronteiras belgas e atacou o exército belga com enormes forças de combate. Nas relações entre os dois países, nada indicava a possível iminência de um conflito. Na sua declaração de 13 de outubro de 1937, o governo alemão expressara solenemente a firme intenção de não desrespeitar a inviolabilidade e a integridade da Bélgica, em nenhuma circunstância.”
Rendições rápidas
Como já ocorrera na Polônia, na Dinamarca e na Noruega, o conceito Blitzkrieg parecia dar certo também neste caso. A Holanda capitulou já após cinco dias, em 15 de maio. A rainha e seus ministros formaram um governo de exílio, em Londres. No dia 17 de maio, Bruxelas foi ocupada sem luta. A 28 de maio, o rei belga assinou a capitulação e foi tomado como prisioneiro de guerra pelos alemães.
Mais de 300 mil homens das tropas belgas, holandesas e francesas, que já estavam cercados pelas unidades blindadas alemãs em Dunquerque, conseguiram salvar-se nos dias 24 e 25 de maio, cruzando o Canal da Mancha para o Reino Unido. Eles constituíram o contingente básico de um novo Exército, que continuou a lutar posteriormente, junto com os britânicos.