03/03/2023 - 10:54
Em 2022, a Nasa realizou um experimento ousado de defesa planetária para ver se seria possível mudar a velocidade de um asteroide acertando-o com uma sonda balística – como se fosse acertá-lo com um martelo. Esse experimento teve como objetivo testar uma técnica potencial para um dia desviar um asteroide em rota de colisão com a Terra.
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Como se sabe, a missão, que teve como alvo o sistema de asteroides Dídimo-Dimorphos, foi um retumbante sucesso. Ela foi abordada em artigo recente na revista Nature. As três imagens abaixo, registrados pelo telescópio espacial Hubble, da Nasa/ESA, capturam a fragmentação do asteroide Dimorphos quando ele foi deliberadamente atingido pela espaçonave da missão Double Asteroid Redirection Test (DART) de 545 quilos da Nasa em 26 de setembro de 2022.
Interação dinâmica
O Hubble teve uma visão lateral da iniciativa de demolição espacial. A imagem superior, obtido 2 horas após o impacto, mostra um cone ejetado com cerca de 900 mil quilos de poeira.
A imagem central mostra a interação dinâmica dentro do sistema binário do asteroide que começa a distorcer a forma de cone do padrão ejetado cerca de 17 horas após o esmagamento. As estruturas mais proeminentes são características rotativas em forma de cata-vento. O cata-vento está ligado à atração gravitacional do asteroide companheiro, Dídimo.
Na imagem inferior, o Hubble captura os detritos sendo arrastados de volta para uma cauda semelhante a um cometa pela pressão da luz do sol nas minúsculas partículas de poeira. Isso se estende em um trem de detritos onde as partículas mais leves viajam mais rápido e mais longe do asteroide. O mistério aumenta quando o Hubble registra a cauda se dividindo em duas por alguns dias.