20/03/2024 - 19:49
Taxa básica da economia está em seu menor patamar desde fevereiro de 2022. Inflação em 12 meses é de 4,5%, no limite do intervalo de tolerância da meta.O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) reduziu nesta quarta-feira (20/03) em 0,5 ponto percentual a taxa básica de juros, fixando a Selic em 10,75% ao ano, conforme expectativas do mercado.
Este é o sexto corte seguido desde agosto de 2023, quando o Copom interrompeu o ciclo de aperto monetário após uma queda de braço entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto, indicado ao cargo ainda sob o governo Jair Bolsonaro.
A taxa agora está no seu menor patamar desde fevereiro de 2022. A decisão do Copom desta quarta-feira foi unânime, e o órgão sinalizou em comunicado que fará um novo corte de 0,5 ponto percentual na próxima reunião, em maio. A projeção do mercado financeiro é que a Selic encerre 2024 em 9% ao ano.
Qual é a relevância da taxa Selic
Conhecida como taxa básica de juros da economia, a Selic impacta diretamente a economia do país e a vida das pessoas porque serve de parâmetro para outras taxas praticadas no mercado – influenciando juros pagos em um financiamento ou empréstimo, mas também o rendimento de investidores, por exemplo.
Taxas mais elevadas são usadas pelo Banco Central para tentar controlar a inflação e trazê-la para o centro da meta, enquanto taxas mais baixas são usadas para induzir o consumo e aquecer a economia, o que por sua vez também pode se refletir em preços mais altos.
Para 2024, a meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, ficando entre 1,5% e 4,5%. No momento, a inflação acumulada em 12 meses medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) está exatamente no teto da meta, em 4,5%.
Segundo o último boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras feita pelo BC, a estimativa de inflação anual para 2024 está em 3,79%, e para 2025, em 3,52% – ambas dentro do intervalo de tolerância da meta.
bl (Agência Brasil, DW)