24/07/2024 - 18:59
Das 300 pessoas que viajavam da Gâmbia até as Ilhas Canárias, 25 morreram e 120 foram resgatadas; segundo organização, 4.500 mortes e desaparecimentos já aconteceran nessa rota nos últimos dez anos.Pelo menos 165 migrantes ainda estavam desaparecidos nesta quarta-feira (24/07) após o naufrágio de um barco na costa da capital mauritana, Nouakchott, na segunda-feira. Ao menos 25 dos passageiros morreram.
A Organização Internacional para as Migrações (OIM) informou que cerca de 300 migrantes viajavam na embarcação, que pretendia chegar às Ilhas Canárias, e que 120 sobreviventes foram resgatados pelas autoridades mauritanas. Os demais ainda estão desaparecidos.
O barco saiu da costa da Gâmbia e passou sete dias no mar antes do naufrágio, segundo a OIM. Entre os sobreviventes, dez pessoas foram levadas às pressas para hospitais para cuidados médicos. Quatro crianças desacompanhadas foram identificadas entre os migrantes resgatados com vida.
A entidade destacou que a tragédia ocorre no contexto do aumento dos fluxos migratórios ao longo da rota do Atlântico Ocidental, onde muitos migrantes se arriscam em busca de melhores oportunidades na Europa ou para escapar de situações difíceis nos seus países de origem.
De acordo com a OIM, até 15 de julho, mais de 19.700 migrantes chegaram irregularmente às Ilhas Canárias neste ano usando essa rota, um aumento de 160% em relação ao mesmo período de 2023, quando foram registrados 7.590 pessoas nessa situação.
Ele observou que o projeto “Migrantes Desaparecidos” da OIM registrou mais de 4.500 mortes e desaparecimentos nessa rota desde 2014, incluindo mais de 1.950 mortes no ano passado, o segundo ano mais mortal já registrado.
Desde junho de 2024, mais de 76 barcos com aproximadamente 6.130 migrantes sobreviventes desembarcaram na Mauritânia, com pelo menos 190 migrantes mortos ou desaparecidos, disse a OIM.