Um vídeo produzido pela Nasa, agência espacial americana, e divulgado na terça-feira, 23, mostra as emissões de dióxido de carbono na atmosfera do planeta entre janeiro e março de 2020. A gravação ilustra o globo terrestre e mostra as nuvens da substância trafegando pelos continentes e oceanos.

A representação foi produzida por meio do uso de supercomputadores e com dados de observações e de satélites. A resolução mostrada nas imagens é 100 vezes maior do que a de modelos meteorológicos convencionais.

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Confira o vídeo:

Na gravação, é possível ver as emissões de dióxido de carbono primeiramente na América do Norte e depois ao redor do mundo. A Nasa ressalta que o modelo parece “pulsar”, o que se deve às características de liberação de CO2.

Na China, EUA e sul da Ásia, a maior parte das emissões do dióxido de carbono ocorrem por conta de indústrias, usinas de energia e veículos. Na América do Sul e na África, a substância é liberada por queimadas que possuem um ciclo, já que o fogo tende a se espalhar durante o dia e “morrer” à noite.

A segunda condição que causa a impressão de “pulsação” é a fotossíntese, processo realizado pelas plantas e que utiliza CO2. Em áreas como a Floresta Amazônica e outras regiões de mata do globo terrestre. Como as imagens foram tiradas durante o verão do Hemisfério Sul, as árvores da região estavam crescendo.

A terra e os oceanos são responsáveis pela absorção de 50% do dióxido de carbono.

O CO2 é um dos principais gases causadores do efeito estufa e a maior razão da elevação das temperaturas na Terra. Em 1750, antes da Revolução Industrial, a concentração de dióxido de carbono na atmosfera era de 278 ppm (partículas por milhão), número que chegou a 427 ppm em 2024. Conforme relatório, as atividades humanas são responsáveis pelo aquecimento global.

Ao pesquisador Lesley Ott, do Centro de Voo Espacial Goddard, da Nasa, a visualização ajuda as pessoas a compreenderem os sistemas da Terra e auxilia cientistas a encontrarem padrões. “A esperança é que se conseguirmos entender os gases do efeito estufa muito bem atualmente, poderemos construir modelos que os preveem nas próximas décadas ou séculos”, pontuou.