Os astronautas Butch Wilmore e Suni Williams completaram dois meses presos na ISS (Estação Espacial Internacional) nesta segunda-feira, 5, desde que foram os primeiros a participar de um lançamento de teste da espaçonave Starliner, da Boeing, no dia 5 de junho. A espaçonave partiu da Flórida, nos Estados Unidos e o retorno dos dois já foi adiado ao menos três vezes.

Inicialmente, a missão da dupla deveria durar no máximo uma semana, mas 60 dias depois, os dois ainda estão na ISS. As informações são da “NBC News”, da “Vox” e da Nasa, agência espacial americana.

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De acordo com a Nasa, cinco dos 28 propulsores da cápsula da nave falharam durante a acoplagem na ISS. Posteriormente, os equipamentos foram reiniciados e apenas um não voltou a funcionar. As suspeitas da agência espacial americana são de que o calor do procedimento ocasionou o desligamento. Ainda, segundo a Boeing, um vazamento de hélio foi identificado na espaçonave.

A missão teste é o último passo da Boeing antes de receber certificado da Nasa que permite a realização de voos rotineiros com astronautas, ao lado da SpaceX, de Elon Musk.

Conforme a “Scientific American”, a Starliner possuía documentação para permanecer 45 dias na ISS, entretanto, o prazo já foi excedido. Apesar disso, a estadia pode ser adiada por mais 72 dias.

No espaço, os astronautas possuem suprimentos e podem utilizar outra espaçonave atracada na ISS em caso de uma emergência que os obrigasse a retornar para a Terra. “Estamos absolutamente confiantes […] Aquele mantra que você ouviu ‘o fracasso não é uma opção’”, declarou Butch Wilmore, acrescentando que a função da dupla é justamente testar a Starliner.

Com os atrasos, a agência espacial americana passou a realizar procedimentos em uma tentativa de trazer de volta os astronautas. De acordo com a Nasa, a agência verificou que os sistemas de propulsão da Starliner estão estáveis e o risco de vazamentos de hélio não aumentou.

Mesmo com outros testes positivos sendo realizados, a Nasa e a Boeing ainda não definiram uma data para o retorno dos astronautas.

*Com informações da Reuters