15/08/2024 - 16:10
Um estudo publicado na “Nature” nesta quarta-feira, 14, sugere que há duas idades em que o envelhecimento humano passa a acelerar drasticamente. De acordo com pesquisadores da Universidade de Stanford, nos EUA, e da Universidade de Singapura, entre os 44 e os 60 anos, o corpo sofre muitas mudanças.
A pesquisa observou o comportamento do organismo de 108 voluntários entre os 25 e 75 anos que forneciam amostras de sangue, da pele, do nariz e da boca a cada poucos meses durante quase sete anos. Foram analisadas 135 mil moléculas diferentes e micróbios que viviam no corpo dos indivíduos. As informações são do “The Guardian”.
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“Não estamos mudando gradualmente ao longo do tempo”, explicou Michael Snyder, geneticista e diretor do Centro de Genômica e Medicina Personalizada da Universidade de Stanford. Durante as observações, os pesquisadores perceberam que há um envelhecimento drástico nas moléculas do corpo quando a pessoa chega na metade dos 40 anos de vida e no início dos 60.
A mudança nos meados dos 40 foi inesperada e os pesquisadores estipularam que seria uma consequência da perimenopausa nas mulheres. Entretanto, o mesmo comportamento molecular foi observado em homens, o que sugere outros fatores como influência para o envelhecimento.
Segundo o estudo, a “primeira onda” de mudanças engloba a capacidade do corpo de metabolizar cafeína, álcool e lipídios, além de alterar moléculas ligadas a doenças cardiovasculares. No segundo período de envelhecimento, os cientistas observaram modificações na regulação do sistema imunológico, função dos rins e metabolismo de carboidratos.
Pesquisas anteriores sugeriram que uma outra mudança ocorre aos 78 anos de idade, mas o estudo atual observou apenas voluntários até os 75, portanto, não pôde responder tal questionamento.