Um estudo conduzido por pesquisadores do Departamento de Medicina Molecular e Celular da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, e publicado na revista “Nature” em 21 de agosto, sugeriu que uma proteína conhecida como OSER1 possui grande influência na longevidade de um ser vivo.

A presença em excesso do gene aumenta o tempo de vida de animais como moscas, nematóides e lagartas, enquanto a falta dele reduz a expectativa de vida. A proteína também está presente em seres humanos e, portanto, poderia desempenhar um papel similar.

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De acordo com a pesquisa, a presença exacerbada de OSER1 aumenta a resistência das células do corpo de moscas a estresse oxidativo, fome e choques térmicos. O gene foi encontrado enquanto os cientistas analisavam o grupo de proteínas FOXO, associadas ao envelhecimento por controlarem o metabolismo celular.

“Nós encontramos dez genes que, quando tiveram sua presença manipulada, alteraram a longevidade. Decidimos focar em um destes que mais mudava a longevidade, chamado de OSER1”, afirmou o Zhiquan Li, um dos autores da pesquisa.

Entender as funções da proteína pode aumentar o conhecimento dos seres humanos sobre a longevidade e conseguir informações sobre doenças relacionadas ao envelhecimento. Os cientistas esperam que mais estudos do gene possibilitem o desenvolvimento de medicamentos contra enfermidades cardiovasculares, metabólicas e neurodegenerativas.

“Estamos focados em descobrir o papel do OSER1 nos humanos, entretanto, a falta de literatura apresenta um desafio, já que muito pouco foi publicado sobre este tópico. Este estudo é o primeiro a demonstrar que o OSER1 é um importante regulador do envelhecimento e da longevidade”, concluiu Zhiquan Li.