25/09/2024 - 20:14
O Itamaraty informou que o adolescente, de 15 anos, e o pai dele, de cidadania paraguaia, foram vítimas de um foguete. Embaixada presta apoio à família, que é de Foz do Iguaçu.O Ministério das Relações Exteriores (MRE) confirmou nesta quarta-feira (25/09) a morte de um adolescente brasileiro e do pai dele no Líbano, em meio a bombardeios de Israel contra a milícia libanesa Hezbollah.
Conforme o MRE, o brasileiro Ali Kamal Abdallah, de 15 anos, e seu pai, de nacionalidade paraguaia, foram vítimas de um foguete que atingiu a cidade de Kelya, na região do Vale do Beqaa, a 30 quilômetros de Beirute.
Na noite desta quarta-feira, a autoridades brasileiras ainda trabalhavam para confirmar a data e as circunstâncias exatas dos óbitos. A estimativa é que só será possível ter um quadro completo a partir desta quinta-feira, por causa da diferença de fuso entre Brasília e Beirute.
Assistência à família
O Itamaraty está em contato e presta assistência à família de Ali, originária de Foz do Iguaçu, no Paraná. A localização da mãe do jovem não foi confirmada pelo governo brasileiro.
O ministro da Saúde libanês, Firass Abiad, afirmou nesta quarta-feira que pelo menos “51 pessoas foram mortas e 223 ficaram feridas em vários bombardeios”, que também tiveram como alvo vilarejos fora dos redutos do Hezbollah.
Os militares israelenses disseram que continuam seu bombardeio em “larga escala” no sul do Líbano e no Vale do Beqaa, dois redutos do Hezbollah, alegando terem atingido “mais de 280 alvos” da formação pró-iraniana nesta quarta-feira.
“Atacamos para preparar incursão terrestre”
O chefe do Estado-Maior de Israel, Herzi Halevi, disse nesta quarta-feira que os ataques aéreos no Líbano estão preparando o terreno para uma possível incursão terrestre contra o Hezbollah. A afirmação foi feita em declarações dadas após o Exército israelense ter convocado duas brigadas para realizar missões no norte do país.
“Vocês podem ouvir os aviões lá em cima, atacamos o dia todo. Tanto para preparar o terreno para a possibilidade de uma entrada quanto para continuar prejudicando o Hezbollah”, declarou o oficial durante um exercício militar na fronteira.
Halevi detalhou que a possível “manobra” israelense consistiria em entrar em cidades do sul do Líbano que a milícia xiita “converteu em uma grande base militar” para destruir a infraestrutura do grupo na área.
Os primeiros ataques israelenses em massa no Líbano na segunda-feira mataram mais de 560 pessoas e feriram mais de 1.800, de acordo com autoridades libanesas, o maior número em um dia desde o fim da guerra civil de 1975-1990 no país.
md (EFE, AFP, ots)