Enquanto a Flórida se prepara para o contato com o furacão Milton nesta quarta-feira, 9, a curiosidade sobre como ocorre a nomeação de desastres naturais cresce no cenário mundial. Listas e protocolos são usados pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), com o intuito de facilitar a comunicação e memorização dos eventos.

Nomes curtos são preferencialmente usados por reduzirem riscos de problemas na transmissão e reforçarem os impactos de advertências urgentes. As primeiras propostas são feitas pelos organismos regionais, logo depois são avaliadas pela OMM com o intuito de evitar controvérsias e problemas. Em 2015, o nome “Isis” foi retirado da lista de futuros nomes de furacões do Pacífico-Norte, pela associação com o grupo extremista Estado Islâmico.

“É muito mais fácil de memorizar do que uma cifra ou um termo técnico. Um nome facilita o trabalho da imprensa, reforça o impacto das advertências e ajuda na preparação das populações”, explica a OMM.

Nos Estados Unidos são utilizadas seis listas em ordem alfabética, para o Caribe, Golfo do México e Atlântico Norte, com algumas indicações: letras como Q e U que possuem poucas opções são puladas; nomes femininos e masculinos são alternados e as nomeações são em espanhol, inglês e francês refletindo os países normalmente afetados. Além disso, se um furacão causa grandes danos ou muitas vítimas, o nome é retirado completamente das listas – a destruição causada pelo Katrina em 2005 barrou o nome de ser reutilizado.

Em 2017, ano marcado pela grande quantidade de casos, os furacões seguiram a ordem alfabética: Arlene; Bret; Cindy e Don. Seguidos por Irma, José, Katia, Lee e, por último, Maria.

O furacão Helene foi o último a atingir o país, tendo aproximadamente 230 vítimas em vários estados. Ela atingiu a costa da Flórida em 26 de setembro na categoria 4, causando inundações e destruição em massa. Especialistas apontam que este foi o desastre natural mais forte a atingir o território continental dos EUA, desde o Katrina.

É esperado que o furacão Milton, classificado como uma tempestade “extremamente perigosa” segundo o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos, perca força e diminua sua escala 5, atingindo a costa da Flórida na noite da quarta-feira, 9, permanecendo intenso na travessia do estado.