Uma equipe de cientistas investigou como os mecanismos da imunoglobulina – proteínas do sistema imunológico – influenciam no processo de envelhecimento dos animais e humanos. A pesquisa analisou vários pontos espaciais em diferentes órgãos de camundongos machos, e foi conduzida pelo time de especialistas da Academia Chinesa de Ciências (CAS) e da BGI Research – os responsáveis por analisar e criar os mapas dos resultados.

O estudo publicado no periódico Cell mostra a distribuição espacial de mais de 70 células do sistema imunológico, permitindo que os especialistas conseguissem uma imagem vívida das características físicas de parte do processo de desgaste. A técnica conhecida como Geografia Gerontológica (GG) expõe os pontos em comum na estrutura desordenada e na perda de identidade celular, marca significativa do envelhecimento.

“Este panorama é um passo significativo à frente, identificando os epicentros do envelhecimento em vários órgãos e descobrindo o acúmulo de imunoglobulinas como uma característica e um impulsionador essencial do envelhecimento”, explicou Liu Guanghui, um dos autores do artigo.

A busca pelos biomarcadores essenciais e por maiores detalhes sobre o processo tem encarado dificuldades na área da gerontologia. Os novos testes revelaram que a o aumento da desordem estrutural e a perda de identidade das células são sinais claros do envelhecimento do sistema humano. Sendo assim, o dano da infraestrutura biológica é a causa primária da deterioração biológica.

O estudo também identificou os pontos mais sensíveis à senescência, ou seja, as regiões mais facilmente afetadas pelos efeitos do desgaste. Além disso, foi o primeiro a mapear espacialmente as respostas do sistema de mamíferos e a identificar as características biológicas mais comprometidas ao longo dos anos.

O artigo ressalta que a pesquisa serve como base para investigações mais profundas da área e auxilia na prevenção de doenças relacionadas ao envelhecimento.