O café instantâneo, um dos mais consumidos ao redor mundo, está associado ao risco de câncer por conter duas vezes mais acrilamida – uma substância com potencial cancerígeno produzida quando alimentos passam por altas temperaturas durante o cozimento – do que as outras formas em que a bebida é produzida.

A acrilamida é categorizada pela Iarc (Agência Internacional de Pesquisa em Câncer – em tradução) como “provável cancerígeno humano”, algo que indica evidências fortes de que a substância pode causar câncer em seres humanos, mas não há provas conclusivas de seus efeitos. As informações são do “The Telegraph”.

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O café instantâneo é feito de grãos de café moídos até formarem um pó fino. Posteriormente, água é adicionada e retirada da mistura para remover qualquer umidade e, depois, os grãos são secos por pulverização ou liofilização – quando a água de um alimento é congelada e seca passando do estado sólido para o gasoso sem passar pelo líquido.

Apesar dos possíveis riscos do consumo de acrilamida, pesquisadores da Universidade McGill, no Canadá, estimam que seriam necessárias dez xícaras de café instantâneo por dia para que os riscos de câncer por conta da substância aumentassem a ponto de gerar preocupação.

Apesar disso, o café instantâneo, além de aumentar a diversidade de bactérias no intestino, tem mais antioxidantes do que o moído, algo que protege contra danos celulares, segundo Pál Maurovich-Horvat, diretor de imagem médica da Universidade de Semmelweis, na Hungria.

Em comparação com o instantâneo, o café coado é mais saudável de ser consumido. De acordo com uma pesquisa norueguesa de 2020, a bebida esteve associada a uma redução nas taxas de enfermidades arteriais, como ataques cardíacos e AVC. Conforme o estudo, o consumo de uma a quatro xícaras por dia é suficiente para garantir tal efeito.

Ainda, o café expresso também se mostrou benéfico à saúde. Um estudo da Universidade de Verona de 2023 apontou que a bebida evita o acúmulo da proteína Tau, associada à demência e ao Alzheimer.