30/11/2024 - 14:18
Pesquisa aponta que 77% apoiam proibição de mídias sociais para quem tem até 16 anos, semelhante ao que prevê lei aprovada na Austrália.A grande maioria dos cidadãos alemães é a favor que haja uma proibição do uso das mídias sociais para menores de 16 anos, como prevê uma nova lei aprovada na Austrália. É o que indica uma pesquisa publicada neste sábado (30/11).
O apoio à proibição reflete a opinião da maioria das cerca de 2 mil pessoas entrevistadas de que a mídia social “provavelmente” ou “certamente” tem impacto prejudicial sobre crianças e adolescentes.
De acordo com a pesquisa, realizada pela empresa de sondagens YouGov, cerca de 77% dos entrevistados disseram que apoiariam “totalmente” ou “de alguma forma” uma legislação semelhante na Alemanha.
Enquanto 13% dos entrevistados disseram que se oporiam “totalmente” ou “de alguma forma” a uma proibição, e os demais entrevistados disseram que não sabem.
Uma porcentagem ainda maior, de 82%, se disse “absolutamente certa” ou “um pouco certa” de que o uso da mídia social é, de alguma forma, ruim para crianças e adolescentes.
Alguns deles consideram o conteúdo das plataformas de mídia social como prejudicial e outros estão mais preocupados com o fato de a mídia social poder causar dependência. Cerca de 52% acreditam que ambos os fatores desempenham um papel igual, de acordo com a pesquisa.
No entanto, 9% “têm certeza” ou “quase certeza” de que as mídias sociais não prejudicam de forma alguma o bem-estar dos jovens.
Proibição australiana
A proibição australiana, que foi aprovada pela Câmara dos Representantes na sexta-feira depois de receber o aval do Senado na quinta-feira, entra em vigor em um ano e afetará plataformas como Facebook, Instagram, TikTok, Snapchat, Reddit e X. Haverá isenções para serviços de saúde e educação, incluindo YouTube, Messenger Kids e WhatsApp.
A legislação prevê multas de até 49,5 milhões de dólares australianos (R$ 192 milhões) a plataformas no caso de falhas sistêmicas em bloquear os perfis para crianças e adolescentes. Não são previstas penalidades para os usuários.
Ainda não está claro como as medidas serão implementadas, mas a verificação deverá ser responsabilidade das empresas de tecnologia – e não dos pais.
md (DPA. ots)