10/12/2024 - 16:44
Um novo estudo, publicado no periódico Plos One, conduzido pela Universidade de Indiana indica que aqueles que possuem o hábito em trocar mensagens tendem a ter uma inteligência emocional maior.
A inteligência emocional envolve a capacidade de entender, perceber, ouvir e gerenciar os próprios sentimentos e dos outros, um traço que traz diversas vantagens no relacionamento entre as pessoas. “Este é o primeiro estudo a examinar o uso de emojis em conjunto com características individuais importantes relacionadas às habilidades de comunicação e relacionamentos interpessoais das pessoas”, explicaram os autores do artigo.
A pesquisa foi feita com base nas respostas de 320 adultos, na faixa de 30 anos, em perguntas sobre suas formas de apego, uso de emojis e comunicação emocional – cerca de 10 bilhões de emojis são usados ao redor do mundo diariamente. Após o questionário, os tipos de apego foram elencados em três categorias pelos pesquisadores:
Evitativo
Este traço de personalidade abrange pessoas que priorizam a autoconfiança, a independência e o desapego nas relações interpessoais. As análises revelaram que esse tipo de apego é o que menos utiliza emojis na troca de mensagens, buscando relacionamentos frios, distantes e menos pessoais.
Ansioso
Indivíduos que possuem esse tipo de temperamento frequentemente se sentem inseguros ou temem ser rejeitados em seus relacionamentos. Essas pessoas tendem a evitar o uso de emojis em conversas que não sejam constantes ou na criação de uma nova relação.
Seguro
Essa terceira característica busca estabelecer conexões saudáveis baseadas na confiança, no amor e no respeito. Eles também são os que mais utilizam as figuras em conversas, com a intenção de estabelecer um ambiente interativo, inclusivo e descontraído. Os autores também determinaram que mulheres enviam as figuras com maior frequência do que os homens.
Apesar da grande investigação, os especialistas reconhecem no artigo que a pesquisa possui limitações, listando que os participantes eram, em sua maioria, brancos, heterossexuais, educados, casados e residentes dos EUA. Eles ressaltam que as próximas análises devem incluir uma camada maior e mais diversificada da população, para que os resultados se tornem precisos.
“A maneira como interagimos durante as comunicações virtuais pode revelar algo mais sobre nós mesmos. Não é apenas um emoji de rosto sorridente ou coração: é uma maneira de transmitir significado e se comunicar de forma mais eficaz, e como você o usa nos diz algo sobre você”, comenta os criadores do estudo.