18/12/2024 - 15:59
O ano de 2024 foi marcado por descobertas arqueológicas reveladoras. Ao redor do mundo, artefatos, restos humanos e grandes construções foram focos de estudo de diversos especialistas.
A revista Science News compilou algumas dessas descobertas. Confira:
Herança de pastor
Um estudo genético revelou que os pastores Yamnaya, oriundos do sudoestes da Ásia, reorganizaram a estrutura genética da Europa. As misturas de mais de 1.600 povos antigos e o DNA Yamnaya concederam estaturas mais altas e pele clara aos europeus do norte, além de uma variante do gene ligada ao Alzheimer para a parcela oriental do continente.
Curvatura egípcia
Cerca de 30 esqueletos humanos encontrados em um complexo da pirâmide de Abusir evidenciaram que a prática dos escribas de se curvar sobre os pergaminhos lhes rendeu sinais de artrite e outros danos ósseos causados pela má postura.
A peça central de Stonehenge
Especialistas descobriram que a misteriosa peça do altar de Stonehenge provavelmente surgiu na Escócia. Anteriormente, as análises sugeriam que ela tinha as mesmas origens galesas dos outros blocos, mas sua composição rochosa corresponde aos minerais da Bacia Orcadiana, localizada no país escocês.
A tragédia da Pompéia
Uma investigação em prédios desabados e esqueletos esmagados revelou que o apocalipse da cidade foi ainda pior do que o imaginado. Além de cobrir as proximidades com gás, cinzas e rochas super quentes, a erupção do Monte Vesúvio também desencadeou terremotos destruidores.
Sacrifícios maias desmascarados
A análise genética que uma câmara funerária maia, na Península de Yucatán, mostrou que todos os sacrifícios infantis eram meninos. Historiadores indicam que as práticas podem ter acontecido para que a comunidade apaziguasse um deus da chuva. A descoberta também derruba a teoria de que mulheres eram sacrificadas ali em rituais de fertilidade.
Uma cidade não mais perdida
Varreduras a laser revelaram o maior e mais antigo complexo urbano da Amazônia. Logo abaixo do Vale Upano, no Equador, foram encontradas milhares de ondulações que já foram casas e espaços comunitários, junto com restos de estradas e fazendas. Os restos mostram o quão sofisticadas as civilizações amazônicas eram antes da conquista e exploração europeia.
Marcação X
Um pesquisador identificou parte do alfabeto de uma civilização perdida por meio de uma foto de uma lousa, publicada na rede social X – antigo Twitter. O objeto pertence à civilização Tartessos, que desapareceu no século V a.C, e foi encontrada na Espanha. O sistema de escrita da peça está ligado ao alfabeto fenício que moldou a escrita latina, espanhola e inglesa.
Cérebros preservados
Apesar de curioso, o encontro com cérebros humanos antigos em sítios arqueológicos não é uma novidade. A composição química extensa do órgão é o fator que permite que eles permaneçam naturalmente preservados ao longo do tempo. Um novo arquivo científico catalogou cerca de 4.400 exemplares encontrados em boas condições.
Registros artísticos antigos
A arte rupestre mais antiga das Américas pode ser um conjunto de pinturas encontradas na Argentina, que datam de cerca de 8.200 anos. Os quase 900 registros humanos encontrados em uma caverna chamada ‘Cueva Huenul 1’, auxiliaram no conhecimento sobre várias gerações de caçadores-coletores. Os desenhos incluem formas geométricas, figuras humanas e animais.
A agricultura humana não era inevitável
Uma análise de ossos e dentes humanos de aproximadamente 15.000 anos em uma caverna no Marrocos demonstrou que um grupo de caçadores-coletores da Idade da Pedra, conhecido como Iberomaurusianos, sobreviveu em uma dieta majoritariamente vegetariana de plantas selvagens por milênios. A controvérsia aparece do fato de que eles nunca cultivaram essas plantas como safras, o que enfrenta a ideia tradicional de que dietas baseadas em vegetais levaram os humanos a cultivarem seus próprios alimentos.
Crescimento populacional é um fracasso
Novas pesquisas terrestres e dados de satélite sugerem que os ilhéus polinésios da Ilha da Páscoa, que chegaram há cerca de 800 anos, estabeleceram um sistema agrícola modesto e mantiveram uma população estável de menos de 4.000 até a chegada dos europeus há 300 anos. Ao contrário do conhecimento popular, o estudo revela que a sociedade deles pode não ter passado por um estouro populacional que destruiu sua civilização e o meio ambiente.