Você sabia que engravidar faz parte do cérebro encolher? Foi o que descobriu o primeiro estudo na história a capturar em imagens mudanças profundas que o cérebro sofre durante a gestação.

Tudo isso com base em 26 ressonâncias magnéticas feitas em uma mulher saudável de 38 anos que engravidou por fertilização in vitro. A maior descoberta foi que o volume e a grossura da massa cinzenta diminuíam conforme a gestação avançava.

E a massa cinzenta é responsável por controlar funções básicas como emoções, memória e fala.  Justamente áreas afetadas por quem sofre de “cérebro materno”.

Por outro lado, aumentou a integridade microestrutural da massa branca, que é importante para a comunicação entre diferentes partes do cérebro. E o cérebro não voltou ao estado anterior mesmo dois anos após o parto, que foi o tempo dessa pesquisa. Mas outros estudos já viram esses efeitos persistirem por até seis anos, sendo detectáveis mesmo décadas depois.

Embora ainda não se saiba exatamente o que tudo isso significa, os cientistas não consideram isso algo ruim. Para eles, é como se o cérebro estivesse ajustando suas conexões e se preparando para lidar com as responsabilidades da maternidade.

Inclusive, mudanças nas massas cinzenta e branca também acontecem durante a puberdade, quando o corpo se prepara para as responsabilidades da vida adulta.

Além de dar uma explicação científica pro “cérebro materno”, essa pesquisa abre caminho para mais estudos necessários sobre a saúde feminina, historicamente ignorada nos laboratórios mundo afora.

E você? É ou conhece alguém que teve o cérebro completamente mudado pela gravidez e nunca “se recuperou”? Conta aqui nos comentários. E já aproveita e marca todo mundo que tirou sarro de você por causa disso.