As esponjas de cozinha podem abrigar até 54 bilhões de bactérias por centímetro cúbico e, por serem úmidas, arejadas e cheias de restos de comida, servem como um ótimo ambiente para os microrganismos habitarem. Apesar disso, a maior parte dos micróbios encontrados no utensílio não causam infecções em adultos saudáveis.

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Conforme um estudo publicado em 2022 na “Nature Chemical Biology”, os diferentes tamanhos de poros das esponjas servem como compartimentos ideais para o surgimento de um ecossistema habitado por várias bactérias diferentes.

Bactérias estão em todos os lugares, até mesmo em escovas de dentes, o que significa que a esponja não necessariamente trará malefícios à saúde por abriga-las, mas, segundo uma pesquisa de 2017, cinco em cada dez micróbios presentes no utensílio estão associados a microrganismos que causam infecções em pessoas com sistema imunológico comprometido.

Mesmo assim, bactérias causadoras de intoxicação alimentar como a Salmonella, Campylobacter e Escherichia Coli são raras no utensílio, sendo encontradas em apenas 1% a 2% das esponjas, segundo um levantamento que analisou o item de 100 casas da Filadélfia, nos EUA.

Mas, caso uma bactéria como a Salmonella entre em contato com uma esponja, ela provavelmente terá um ecossistema ideal para se desenvolver. O patógeno pode ser transferido do utensílio para talheres e pratos caso acabe em contato com esses outros itens.

Portanto, é indicado que esponjas sejam trocadas a cada semana ou higienizadas em água fervente ou desinfetantes, método que poderia eliminar a Salmonella do utensílio, por exemplo. Entretanto, há o risco de se desenvolverem bactérias que sobrevivem ao processo de limpeza e criem resistência.