27/03/2025 - 18:17
Uma nova pesquisa sugere que supernovas violentas podem ter sido a causa de duas extinções em massa terrestres. A relação foi feita após a equipe analisar a taxa de supernovas formadas por estrelas mais próximas do Sol, revelando que 2,5 corpos celestes podem afetar a Terra de alguma forma a cada 1 bilhão de anos.
O estudo utilizou dados do Telescópio Espacial Gaia da Agência Espacial Europeia, ressaltando como as estrelas colossais e suas movimentações podem ter sido destruidoras.
“Explosões de supernovas trazem elementos químicos pesados para o meio interestelar, que são então usados para formar novas estrelas e planetas. Mas se um planeta — incluindo a Terra — estiver localizado muito perto desse tipo de evento, isso pode ter efeitos devastadores”, explicou Alexis Quintana, autor principal do estudo, em uma declaração.
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O artigo publicado não traz evidências concretas de que as supernovas tenham causado as mortes em massa, mas apresenta a hipótese de que elas possam ter desempenhado um papel principal no processo já conhecido.
Os especialistas apontam que os objetos astronômicos podem ter removido a camada de ozônio que protege o planeta, fazendo com que a Terra ficasse mais suscetível a radiação que afetou as antigas populações animais.
Como as suposições não apresentam uma base com argumentos completos, a comunidade científica ainda não aceita as indagações como certeza. Porém, diversos cientistas da área concordam e se animam com a descoberta, já que ela abre um novo caminho de estudo para os eventos ainda “inexplicáveis”.
“Acho que muitas pessoas tem o direito de dizer, você não sabe o que causou esses eventos de extinção. E então pode haver alguns que digam que estamos especulando demais. O que realmente queremos fazer é chamar a atenção para os números”, completa Nick Wright, coautor do estudo.