Uma formação chamada Cerro El Cono, localizada no Parque Nacional da Sierra del Divisor, na Floresta Amazônica, é considerada sagrada por povos locais e especula-se que a estrutura seria na realidade uma pirâmide construída por uma antiga civilização que viveu na região. Apesar disso, cientistas acreditam que a colina é apenas uma estrutura geológica excêntrica.

Com cerca de 345 metros de altura, a montanha recebe este nome justamente por ter um formato de cone e se destacar como um pico íngreme em uma paisagem plana coberta de vegetação. A ideia de que a formação não seria natural surge da sua diferença em relação ao entorno. As informações são do “Daily Mail”.

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Povos locais cultuavam espíritos da montanha que protegeriam suas comunidades desde uma época anterior ao Império Inca, entre 500 e 1000 d.C., e tribos indígenas acreditam em um folclore de que o Cerro El Cono seria feito pelo homem.

As populações da região consideravam o Cerro El Cono como um “Apu andino”. “Apu” são montanhas divinas na tradição de povos do Peru, Bolívia e Equador, que protegem e orientam os que vivem ao seu redor.

Caso a montanha fosse de fato uma construção, seria a estrutura antiga mais alta da história, sendo quase três vezes maior que a Pirâmide de Gizé.

Apesar das lendas e do formato do Cerro El Cono, cientistas sustentam que a formação pode ser um vulcão extinto que surgiu em meio à Floresta Amazônica, especificamente um cone vulcânico de formato excêntrico.

Um cone vulcânico é uma montanha formada pelo acúmulo de materiais vulcânicos como lava, cinzas e detritos.

Outra hipótese sugere que o Cerro El Cono seria um tampão vulcânico, quando uma massa sólida de magma se forma dentro da abertura de um vulcão e, com o tempo, os materiais mais frágeis da superfície desse vulcão sofrem uma erosão, deixando apenas a parte mais resistente como uma colina ou pico.

Ainda, a formação poderia se tratar de uma intrusão ígnea, quando magma se empurra para dentro ou entre camadas de rocha abaixo do solo da terra, mas se solidifica antes de chegar na superfície. Essas intrusões podem se tornar colinas, cristas ou picos dependendo da erosão.