Não é preciso ouvir para se expressar artisticamente. Mas como as pessoas surdas sentem a música? No projeto musical “Not What We Agreed”, “Não é o que combinamos”, pessoas com e sem deficiência auditiva se uniram para criar arte juntas.

Marko Vuoriheimo, mais conhecido como Signmark, é um rapper finlandês com deficiência auditiva. Ele trabalha e aconselha artistas surdos na Lituânia.

“Havia pessoas ao meu redor que falavam: ‘Sua linguagem de sinais é tão legal’. Porque elas nunca tinham visto isso antes. Daí pensei que poderia haver uma oportunidade especial para mim. Mas elas também me diziam que seria melhor eu encontrar outro sonho”, afirma o rapper Signmark em língua de sinais.

O ator e cantor lituano Dominykas Vaitiekunas é a força motriz por trás do projeto “Not What We Agreed”. Muitos achavam que ele deveria se concentrar num público formado por pessoas surdas.

“Eu disse não. E acho que esse é o problema da nossa forma de pensar. Achamos que precisamos especificar os públicos e fazer algo específico para eles”, conta Dominykas Vaitiekunas, fundador do “Not What We Agreed”.

O público é convidado a tirar os sapatos e segurar um balão entre as palmas das mãos para sentir as vibrações.
“Foi muito interessante para mim ver que eles realmente conseguem sentir a música de uma maneira diferente”, relata uma mulher em língua de sinais.

“É um projeto muito significativo tanto para as pessoas ouvintes quanto para as surdas. As pessoas ouvintes podem entender melhor o que significa surdez e como essas pessoas se sentem”, comenta outra mulher em língua de sinais.