22/05/2025 - 19:01
Engenheiros da NASA conseguiram reacender propulsores de reserva da sonda interestelar Voyager 1 – que estavam desligados há mais de 20 anos. A ação garantiu que a comunicação com o planeta não fosse perdida e a espaçonave seguisse com a expedição.
A trama foi causada por uma paralisação programada na antena terrestre que envia comandos a Voyager 1 e sua gêmea Voyager 2. Se a pausa na atividades acontecessem no mesmo momento em que a sonda estivesse enfrentando falhas nos propulsores, a comunicação poderia ser irreversivelmente perdida.
A ideia de reativar os propulsores de rotação originais, inativos desde 2004, foi a solução encontrada para manter a nave operando até que volte a se conectar com a Terra no próximo ano.
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Lançadas em 1977, as sondas Voyager tinham o papel inicial de explorar planetas exteriores do Sistema Solar. Depois disso, elas foram remanejadas para o estudo do espaço interestelar. Atualmente, a sonda Voyager 1 é a espaçonave mais distante da Terra.
Os propulsores principais servem para manter as máquinas apontadas para o planeta. Há também os motores de rotação, que alinham a sonda com uma estrela guia. Com o tempo, os disparos dos propulsores acumulam resíduos, o que fez com que os engenheiros passassem a alternar o uso entre propulsores originais e os reservas.
Os aparelhos originais, no entanto, pararam de funcionar há 20 anos. Com isso, os estudiosos depositaram todas as confianças nos jatos reserva para que a sonda continuasse alinhada corretamente.
“A equipe achou aceitável que os propulsores de rotação principais parassem, já que os de reserva funcionavam perfeitamente bem”, disse Kareem Badaruddin, gerente da missão no Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da Nasa, na Califórnia, à CNN.
A recuperação dos propulsores reserva é um feito significativo para a engenharia espacial. Com isso, as sondas gêmeas Voyager continuam na missão de enviar mensagens e dados importantes para a análise do universo.
“Sinceramente, provavelmente ninguém achava que as Voyagers estariam funcionando mais 20 anos depois.”