O Triângulo das Bermudas — que compreende uma área entre a Flórida, Porto Rico e as Ilhas Bermudas — foi cercado de teorias da conspiração durante o século XX por conta de desaparecimentos de navios e aviões na região. Entretanto, não há nada sobrenatural no local e a quantidade de acidentes é uma mera questão de probabilidades, segundo o pesquisador australiano Karl Kruszelnicki e a Noaa (Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA). As informações são da “Popular Mechanics”.

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Por muito tempo, foram disseminadas teorias que relacionam o Triângulo das Bermudas a monstros marinhos, alienígenas e outros fenômenos sobrenaturais. Entretanto, a Noaa entende que “desastres no mar” acontecem por conta de “forças combinadas da natureza e da falibilidade humana“, que conseguem “até mesmo” superar a “ficção científica mais inacreditável”.

Conforme a agência, não há evidências de que acidentes ou desaparecimentos ocorram com mais frequência no Triângulo das Bermudas em comparação com qualquer outra área movimentada do oceano. Proporcionalmente, a quantidade de “sumiços” de aeronaves ou embarcações na região é “o mesmo que em qualquer lugar do mundo”, segundo Kruszelnicki.

Apesar do local ter sido palco para desaparecimentos famosos, como o do Voo 19, quando cinco aeronaves militares dos EUA sumiram no Triângulo das Bermudas em 1945, cada caso de acidente na área pode ser explicado pelo mau tempo ou provável erro humano, comentou o pesquisador.

Para Kruszelnicki, o grande volume de tráfego em uma área difícil de navegar é responsável pela quantidade de desaparecimentos. Além disso, o Triângulo das Bermudas ficou de fora das dez áreas em que mais acidentes marítimos foram registrados entre 1999 e 2011, de acordo com um levantamento de 2013 feito pela WWF (World Wide Fund for Nature — Fundo Mundial para a Natureza).