05/09/2025 - 11:30
Presidente dos EUA afirmou que mudança seria necessária para transmitir “mensagem forte”. Alteração definitiva depende do Congresso.O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vai renomear o Departamento de Defesa, cuja sede é conhecida como Pentágono, como Departamento de Guerra, anunciou a Casa Branca nesta quinta-feira (05/09).
A mudança não tem efeito legal imediato, porque a renomeação formal de órgãos do governo precisa da aprovação do Congresso. No entanto, Trump pretende usar o novo nome como título secundário.
Segundo a Casa Branca, uma ordem executiva será assinada nesta sexta-feira autorizando o uso de títulos como “secretário de Guerra” em comunicações oficiais, eventos cerimoniais e documentos não oficiais dentro do Poder Executivo.
O documento também orienta o atual chefe do departamento, Pete Hegseth, a propor ações legislativas e executivas para oficializar a mudança.
Por que Trump quer renomear o Departamento de Defesa?
Trump justificou a decisão afirmando que o atual nome do departamento é “muito defensivo” e que o termo “Departamento de Guerra” transmite “uma mensagem mais forte de prontidão e determinação”.
“‘Departamento de Guerra’ era o nome quando vencemos a Primeira Guerra Mundial, vencemos a Segunda Guerra Mundial, vencemos tudo”, disse Trump a repórteres em 25 de agosto.
Na noite de quinta-feira, o secretário de Defesa Pete Hegseth publicou no seu perfil no X a frase “DEPARTMENT OF WAR”, reforçando o novo posicionamento do governo.
Mudanças na Defesa
O Departamento de Guerra foi criado inicialmente pelo então presidente George Washington, em 1789, e existiu até 1947, quando foi renomeado como Departamento de Defesa após a Segunda Guerra Mundial, durante uma reestruturação que unificou o Exército, a Marinha e a Força Aérea dos Estados Unidos.
A mudança de nome é parte de uma série de reformas no Pentágono desde que Trump nomeou Hegseth para a pasta.
Veterano de guerra e ex-apresentador da Fox News, Hegseth tem defendido a restauração de uma “ética guerreira” nas Forças Armadas e criticado políticas que ele e Trump classificam como “woke” – termo usado de forma pejorativa por conservadores para criticar pautas progressistas como justiça social, diversidade e inclusão.
Hegseth também lidera esforços para reverter políticas de inclusão, como a presença de militares transgêneros nas Forças Armadas americanas.
tms/bl (AFP, AP, dpa)