Tempestade de neve sitiou 200 montanhistas acampados a quase 5 mil metros de altura na face leste da montanha. Outros 350 foram resgatados.Uma tempestade de neve no Monte Everest, na região do Tibete, deixou centenas de montanhistas presos em acampamentos turísticos localizados na encosta leste da montanha entre sexta-feira e domingo (05/10), segundo informaram meios de comunicação estatais chineses.

Cerca de 350 alpinistas conseguiram abrir caminho e chegar a um ponto de encontro na cidade de Qudang, mas os socorristas ainda estavam em contato com outros 200 que ficaram sitiados em um acampamento nas encostas do vale de Karma, a uma altitude de 4,9 mil metros.

O Monte Everest tem cerca de 8,8 mil metros. Um campista que conseguiu descer antes que a neve bloqueasse o caminho disse ao portal que a neve já alcançava um metro de profundidade na região do acampamento e havia destruído barracas.

Centenas de socorristas subiram a montanha no domingo para abrir caminhos para que os alpinistas presos pudessem descer. Um vídeo gravado por um morador mostrava uma longa fileira de pessoas com cavalos e bois subindo por uma trilha sinuosa na neve.

Em um incidente que atingiu outra região montanhosa no oeste da China, um alpinista morreu de hipotermia e outros 137 precisaram ser resgatados após uma nevasca também atingir a região.

Mortes no Nepal e na Índia

O Monte Everest fica na fronteira chinesa com o Nepal. No país, fortes chuvas e deslizamentos de terra deixaram mais de 40 mortos também neste domingo. Um terremoto já havia matado pelo menos 126 pessoas em janeiro.

Já no nordeste da Índia, chuvas torrenciais repentinas, inundações e deslizamentos de terra também deixaram 24 mortos nesta segunda-feira.

Especialistas afirmam que as mudanças climáticas estão intensificando as monções do sul da Ásia, que tradicionalmente ocorrem de junho a setembro e novamente de outubro a dezembro. As chuvas, antes previsíveis, agora chegam em rajadas irregulares que despejam quantidades extremas de água em curtos períodos, seguidas por estiagens.

gq/cn (AFP, AP)