O dia 9 de novembro de 1938 entrou para a história como um exemplo da barbárie nazista, marcando a data da chamada Noite dos Cristais (Kristallnacht). O episódio foi uma onda de violência antissemita generalizada, promovida pelo regime na Alemanha e na Áustria.

  • O pogrom (ataque violento em massa) foi realizado por membros da SA, a organização paramilitar nazista.
  • Mais de 1.400 sinagogas e 7.500 estabelecimentos comerciais judaicos foram destruídos no ataque.
  • Cerca de 400 pessoas foram assassinadas ou levadas ao suicídio, segundo o Museu Judaico de Berlim.
  • O evento é considerado um ponto de virada crucial na perseguição aos judeus, que culminou no Holocausto.

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Membros da SA atacaram milhares de negócios e residências de judeus, além de incendiarem sinagogas. “É o primeiro momento de algo que ficaria muito, muito pior depois”, afirma a cineasta Yael Reuveny.

O nome “Noite dos Cristais” é uma referência aos milhões de estilhaços de vidro das janelas quebradas que cobriram as ruas na manhã seguinte.

Atualmente, na Alemanha, o episódio é mais frequentemente chamado de “Reichspogromnacht” (Noite do Pogrom do Reich). O uso do termo “pogrom” — que designa um ataque violento e em massa contra um grupo étnico ou religioso — enfatiza que se tratou de um episódio de violência assassina, e não apenas de destruição de propriedades.

O pretexto usado pelos líderes nazistas para incitar a violência foi o assassinato de um diplomata alemão em Paris, baleado por um jovem judeu polonês. O diplomata morreu em 9 de novembro de 1938, mesma data em que o pogrom foi deflagrado.

Embora os judeus na Alemanha já enfrentassem severa discriminação e perseguição legal, a violência física em larga escala da Noite dos Cristais marcou um ponto de inflexão, que acabaria levando ao assassinato de seis milhões de judeus durante o Holocausto.