11/02/2019 - 8:45
Já se sabe que a Costa Rica, apesar de pequena em território, é uma gigante em biodiversidade, concentrando 5% da biodiversidade do mundo. E quanto mais se busca, mais se encontra. Cientistas do Instituto Schmidt Oceânico têm investigado profundamente as águas desse país da América Central e vêm descobrindo novas espécies estranhas de todas as formas e tamanhos.
A bordo do navio de pesquisa Falkor, os pesquisadores realizaram 19 mergulhos submarinos operados remotamente nos arredores do Parque Nacional Isla del Coco. E revelou-se uma série de diferentes micróbios, ostras, estrelas-do-mar, corais, peixes, polvos, tubarões e raias, incluindo quatro novas espécies de corais e seis animais que eram desconhecido para a ciência até então.
“Cada mergulho continua a nos surpreender”, disse Erik Cordes, ecologista de águas profundas da Temple University, na Filadélfia, em comunicado enviado por e-mail ao site I Fucking Love Science. “Descobrimos espécies de corais duros que constroem recifes a uma profundidade de mais de 800 metros [2.624 pés] em dois montes submarinos diferentes. Os registros mais próximos desta espécie são das águas profundas ao redor das Ilhas Galápagos.” E acrescentou: “O mar profundo é o maior habitat da Terra. Entender como esse habitat funciona nos ajudará a entender como o planeta como um todo funciona”.
Um dos mergulhos mais profundos da equipe, que atingiu 3.600 metros de profundidade, descobriu também que a presença de lixo humano já chegou ali. Para proteger esse ecossistema pelo menos da mineração e da pesca, os pesquisadores esperam que a exibição desses seres deslumbrantes do fundo do mar leve as autoridades locais a criar uma nova área marinha protegida ao redor dos montes submarinos.