08/03/2019 - 10:33
A cada novo estudo publicado mais se confirma a poluição por microplásticos nas águas do mundo inteiro. Definidos como pedaços menores que 5 milímetros, eles foram encontrados em lagos e rios do Reino Unido, águas subterrâneas dos EUA e ao longo do rio Yangtze, na China e na costa da Espanha nas mais recentes pesquisas divulgadas.
Também fica claro que o organismo dos animais está ingerindo esse material. Sabe-se que os seres humanos consomem as minúsculas partículas de plástico através da comida e da água, mas os possíveis efeitos na saúde das pessoas e dos ecossistemas ainda precisam ser determinados.
Um estudo da Universidade Nacional de Cingapura descobriu que os microplásticos podem abrigar micróbios nocivos. Mais de 400 tipos de bactérias foram revelados em 275 pedaços de microplástico coletados em praias locais. Entre elas estão aquelas que causam gastroenterite e infecções de feridas em humanos, bem como o branqueamento de recifes de coral.
Os microplásticos demonstraram prejudicar a vida marinha quando confundidos com alimentos e foram encontrados dentro de todos os mamíferos marinhos estudados em uma pesquisa recente no Reino Unido. Em 2017, eles foram encontrados na água encanada de diferentes partes do mundo e em 2018 confirmou-se que são consumidos pelos residentes da Europa, Japão e Rússia.
O Reino Unido encontrou poluição microplástica em todos os 10 lagos, rios e reservatórios amostrados. Mais de mil pequenos pedaços de plástico por litro foram encontrados no rio Tame, perto de Manchester, que foi definido em 2018 como o local mais contaminado já testado em todo o mundo. Verificou-se que o rio Tâmisa, em Londres, tinha cerca de 80 partículas microplásticas por litro. Mesmo em lugares relativamente remotos, como as Cataratas de Dochart e Loch Lomond, na Escócia, foram encontradas duas ou três peças por litro.
Os microplásticos subterrâneos foram encontrados ainda em aquíferos de calcário em Illinois, EUA, a um nível de 15 partículas por litro. Este tipo de fonte de água subterrânea fornece cerca de um quarto da água potável do mundo.