21/03/2019 - 8:48
Em meio ao clima ameno do Mediterrâneo e a uma paisagem verde exuberante das montanhas Aurés encontra-se há 2.000 anos o banho romano Hammam Essalihine (o banho dos justos ou banhos termais de Flavius). Localizado nos arredores da cidade de El Hamma, norte da Argélia, funciona ainda hoje e é patrimônio histórico nacional protegido – nem terremotos, instabilidade política, lutas econômicas ou guerras quebraram essa estrutura e essa tradição.
O ar fresco das montanhas (1.500 m acima do nível do mar) combinado com a arquitetura romana antiga e as virtudes terapêuticas das suas águas enriquecidas por minerais a 70° C atraem não só os locais, mas também quase 700.000 visitantes a cada ano.
São duas piscinas de oito metros de diâmetro e quase um 1,5 m de profundidade, cada, – a retangular é usada para homens, enquanto a circular por mulheres. O acesso ao local não é fácil, mas, como qualquer outro spa respeitável, o Hammam Essalhine oferece tratamentos de relaxamento, massagens e até sessões de hidroterapia oferecidas por fisioterapeutas que trabalham lá.
E o mais importante: o local mantém a tradição de um ritual diário de banho como ponto de encontro social. Na antiga cultura e sociedade romana, o banho desempenhava um papel enorme – era uma atividade diária comum e era praticado em várias classes sociais. Hoje, consideramos o banho uma atividade íntima e muito privada, mas, para os romanos, era uma atividade comunitária.