19/04/2019 - 16:37
O abutre “Nelson” foi capturado por uma milícia no Iêmen, que temia que a ave migratória fosse uma espião. Também conhecido como “grifo”, o abutre foi apreendido na cidade de Taiz, depois que ele aparentemente se separou de seus companheiros.
Militantes pró-governo do Iêmen que estão lutando contra rebeldes do movimento Houthi, apoiados por iranianos, viram um transmissor de GPS preso na perna da ave e acharam que ele estivesse sendo usado por seus inimigos para espioná-los.
Na verdade o aparelho é apenas um dispositivo de rastreamento, colocado em Nelson pelo Fundo Para a Flora e Fauna Selvagem (FWFF, na sigla em inglês), um grupo ambiental na Bulgária, como parte de um esforço para reintroduzi-lo na natureza.
A organização havia perdido contato com Nelson em novembro do ano passado. No início de abril, o FWFF começou a receber mensagens de moradores da região, preocupados com o bem-estar do pássaro, que tinha sido preso pelos militantes.
A partir daí, diversas organizações internacionais se mobilizaram para tentar libertar Nelson. A organização One World Actors Animal Rescues enviou um emissário, o coordenador de resgates Hisham Thabet Hussein Al-Hoot, para negociar com os militantes.
Al-Hoot teve que viajar por 12 horas, da cidade de Sanna para Taiz, em uma rota perigosa por causa da guerra civil que assola o país. O ambientalista passou 10 dias negociando com os captores de Nelson, até finalmente conseguir sua liberdade, no último dia 16.