Autoridades da Nasa divulgaram hoje na sede da bolsa eletrônica Nasdaq em Nova York um plano que permitirá a empresas privadas a utilização da Estação Espacial Internacional(EEI) a partir de 2020. A iniciativa, anunciada no site da rede de notícias NBC, possibilitará que até duas missões particulares visitem a EEI por até 30 dias e que empresas tenham a oportunidade de desenvolver experiências e outras atividades no local.
A agência espacial americana também dedicaria uma porta de ancoragem específica para operações desses astronautas da iniciativa privada. Essa parte do projeto contempla a possibilidade de se acoplar um módulo extra à EEI.
A perspectiva de fazer dinheiro com a iniciativa vai permitir que a Nasa se concentre em missões à Lua e a Marte. Segundo Robyn Gatens, vice-diretora do programa da EEI na sede da Nasa em Washington, os primeiros voos comerciais para a estação poderão começar já no próximo ano.
A Crew Dragon, da SpaceX, ou a CST-100 Starliner, da Boeing (ambas ainda em desenvolvimento), deverão ser as cápsulas comerciais utilizadas para esse tipo de missão. Os preços de viagem e estada são compreensivelmente astronômicos: enquanto um voo para a EEI provavelmente custará cerca de US$ 58 milhões por passageiro, cada pernoite na estação ficará em torno de US$ 35 mil, disse Jeff DeWit, diretor financeiro da sede da Nasa na capital americana.
A EEI começou a ser montada no espaço ainda em 1998. Uma parceria de Estados Unidos, Canadá, Japão, Rússia e 11 estados membros da Agência Espacial Europeia possibilitou a construção do laboratório espacial até hoje em uso.