01/07/2010 - 0:00
O que você está fazendo para cuidar do meio ambiente? Esta é a pergunta que as Nações Unidas fizeram a todos os brasileiros por meio da campanha ONU Verde, lançada no 64º aniversário da organização, festejado mundialmente em 24 de outubro de 2009. A campanha contou com o apoio da MTV e da TIM, que enviou mais de 10 milhões de torpedos SMS convidando seus clientes a participar.
As imagens selecionadas: exemplo da sensibilidade crescente dos brasileiros em relação ao meio ambiente.
Os interessados responderam à pergunta por meio de fotos e vídeos, acompanhados por um relato da ação de até cem palavras. O material foi publicado pelo próprio participante no site da campanha (ver endereço no final da nota). Todos os participantes receberam um certificado online com a frase “Eu faço a minha parte”.
A campanha ficou no ar até 31 de maio de 2010 e registrou 1.190 fotos enviadas por participantes de norte a sul do País. Em 1o de junho, o Comitê de Seleção – composto por cinco representantes das agências e programas do Sistema ONU no Brasil – selecionou as dez fotos que melhor traduziram o tema da campanha. O resultado foi divulgado em 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente.
“A seleção não foi fácil, recebemos mais de mil fotos”, disse Giancarlo Summa, diretor do Centro de Informação da ONU no Brasil. “A campanha foi um sucesso, demonstrando o interesse e a crescente sensibilidade dos brasileiros em relação à defesa do meio ambiente.”
As fotos selecionadas retrataram a preocupação dos participantes com a questão ambiental em diversas frentes. Seja por meio da economia e reutilização da água, da reciclagem do lixo e do plantio de árvores, seja pela redução das emissões de gases de efeito estufa, os brasileiros demonstraram suas atividades em prol da preservação da natureza. Eles provaram, assim, que, por meio de suas ações individuais diárias, fazem sua parte pelo meio ambiente. As fotografias escolhidas serão amplamente divulgadas pela rede de comunicação das Nações Unidas no Brasil e no Exterior.
O Sistema Nações Unidas no Brasil também fez a sua parte. No contexto da Campanha Bilhões de Árvores, do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), a ONU coordenou, juntamente com o governo do Distrito Federal, o plantio de 2 mil árvores nativas do Cerrado no Jardim Botânico de Brasília. Link para as dez melhores fotos: www.onuverde.org.br/selecionadas.php
Políticas públicas de juventude na América Latina
Primeiro lançamento da série Debates SHS: ciências humanas e sociais, o documento Políticas públicas de juventud en América Latina: avances Concretados y desafíos en el Marco Del Año Internacional de la Juventud, em espanhol, procura fornecer uma síntese, com o apoio de estudos de caso e avaliações, sobre as políticas públicas de juventude na América Latina. Como novo Ano Internacional de Juventude, 2010 representa uma grande oportunidade para avaliar crítica e construtivamente o progresso e as dificuldades desde o Ano Internacional de Juventude anterior, em 1985, e projetar os principais desafios a serem enfrentados no futuro, com vistas à próxima década.
Link para download: http://unesdoc.unesco.org/images/0018/001880/188003S.pdf
Desenvolvimento da mídia
Promover um debate aprofundado sobre o desenvolvimento da mídia brasileira é o objetivo de uma série de projetos lançados pela Coordenação de Comunicação e Informação da Unesco no Brasil a partir de junho. As ações incluem realização de pesquisas, promoção de workshops, seminários e publicação de documentos. Também está prevista a participação de consultores de renome internacional em eventos na área. As mudanças trazidas pela digitalização e pela convergência das mídias aceleraram, em todo o mundo, o debate em torno dos marcos regulatórios mais eficientes para organizar os “ecossistemas midiáticos”, tendo em mente esse novo paradigma.
A Unesco considera que é importante o Brasil consolidar seu marco regulatório e aperfeiçoar as políticas públicas de comunicação para se equiparar aos padrões internacionais de desenvolvimento do setor. No que se refere à diversificação dos players, o País ainda tem uma agenda enorme a cumprir, fortalecendo a comunicação pública e comunitária. Outro desafio brasileiro é trabalhar os conceitos fundamentais de diversidade, pluralidade e equilíbrio no sistema de comunicação, paralelamente ao fortalecimento da função regulatória do Estado democrático de direito. A convergência das mídias acrescenta novos desafios a esse já complexo cenário.
Parte dos problemas diagnosticados na mídia brasileira advém da falta de um marco regulatório consistente e atualizado. Para preencher essa lacuna, foram iniciadas em janeiro as atividades do projeto “Marco Regulatório das Comunicações no Brasil: análise do sistema à luz da experiência internacional”, apoiado pela Fundação Ford.
O projeto busca fomentar uma cultura de regulação para políticas públicas de comunicação, a partir da análise comparativa entre o Brasil e mais nove democracias (Canadá, Reino Unido, Tailândia, Estados Unidos, Chile, França, Malásia, Jamaica e Alemanha), usando como parâmetro indicadores internacionais acordados pela Unesco. Para tanto, foram contratados dois consultores internacionais: o canadense Toby Mendel (diretor-executivo do Centre for Law and Democracy, organização civil canadense especializada em consultoria no campo da legislação internacional sobre direitos democráticos) e a inglesa Eve Salomon (especialista em regulação de mídia e consultora do Núcleo de Direitos Humanos da União Europeia). De 30 de agosto a 3 de setembro, ambos estarão no Brasil para workshops com os atores mais relevantes dessa agenda no País, além de órgãos reguladores, empresários e sociedade civil.
Mendel e Eve vão reunir dados internacionais e comparálos com as informações coletadas no Brasil por uma equipe a serviço da Unesco. A seguir, eles vão produzir estudos que descrevam padrões de regulação internacionais pertinentes para a realidade brasileira e identificar pontoschave para uma reforma legal que contemple indicadores de desenvolvimento da mídia nacional. Os resultados desses estudos serão divulgados em um seminário internacional a ser realizado em Brasília no segundo semestre de 2010, com a presença dos consultores.
Ainda no marco dessa discussão, o setor de Comunicação e Informação da Unesco no Brasil pretende lançar um estudo sobre as decisões das cortes superiores brasileiras no tocante à liberdade de expressão e de imprensa e promover um debate sobre a aplicação dos Indicadores de Mídia no Brasil, além de uma discussão sobre métodos de accountability da mídia pública no País.
Antes disso, em junho, outro projeto de abrangência global foi lançado: a tradução para o português dos Indicadores de Desenvolvimento de Mídia, documento aprovado em 2008 pelo Programa Internacional para o Desenvolvimento da Comunicação (IPDC) da Unesco. O texto, resultado do trabalho de especialistas de organizações intergovernamentais, não governamentais, universidades e associações profissionais de várias regiões do mundo, está disponível para download. Link: http://unesdoc.unesco.org/images/0016/001631/163102por.pdf