01/05/2012 - 0:00
Estados insulares são extremamente vulneráveis às mudanças climáticas.
A ameaça de elevação do mar derivada do aquecimento global levou o governo de Kiribati, nação insular da Oceania, a tomar uma decisão: comprar um terreno de 24,5 km2 em Viti Levu, a principal ilha do arquipélago de Fiji, 2.250 km ao sul, para acomodar 103 mil kiribatianos. A maioria dos 32 atóis de Kiribati está quase ao nível do mar, e em alguns pontos a água salgada já contaminou os lençóis de água subterrânea. Os fi jianos não estão entusiasmados com o negócio.
Vento dinamarquês
O plano de redução de emissões de carbono, divulgado em março pela Dinamarca, projeta gerar em turbinas eólicas metade da demanda de eletricidade em 2020. No mesmo ano, o governo pretende suprir 35% de suas necessidades energéticas com fontes renováveis, que incluem usinas de biogás e geotérmicas. Em 2050, a meta do país é produzir de forma renovável 100% da energia consumida internamente.
Dera Allahyar, 2010: pior enchente do Paquistão.
Era de extremos
Baseados em análises estatísticas e em simulações de computador sobre a última década, o Instituto Potsdam de Pesquisa Climática (Alemanha) concluiu que a ocorrência de eventos climáticos extremos aumentou de modo incomum e “muito provavelmente” está ligada ao aquecimento global causado pelo homem. O estudo, publicado na Nature Climate Change, lembra que esses eventos afetaram praticamente todo o mundo e sublinha casos como o verão russo (o mais quente desde o ano 1500) e a pior enchente do Paquistão (ambos em 2010), além do número recorde de furacões e tempestades tropicais no Oceano Atlântico (2005).
3% de economia
A prefeitura de Nova York está recebendo propostas de empresas para reciclar 1 milhão de vasos sanitários, nos próximos seis anos. Enquanto as peças antigas consomem 18,9 litros por descarga, as novas usam 4,8 litros. O Departamento de Proteção Ambiental vai re-embolsar em US$ 125 os moradores de apartamentos que trocarem os vasos. Trituradas, as peças antigas poderão ser usadas nas fundações de edifícios. Com a mudança, a cidade diminuirá em 3% o seu consumo de água.
O Paraíba do Sul em Resende.
Rios reprovados
A análise de 49 rios de 11 Estados brasileiros (Ceará, Piauí, Bahia, Mato Grosso do Sul e todos das regiões Sul e Sudeste) feita pela SOS Mata Atlântica, em março, sugere atenção: a situação está regular em 75,5% dos cursos visitados e ruim em 24,5%. Nenhum está em boas condições. Segundo Malu Ribeiro, coordenadora da Rede de Águas, a contaminação advém sobretudo dos defensivos usados na agricultura irrigada que voltam aos cursos d’água e da falta de saneamento básico. O Paraíba do Sul, em Resende (RJ), foi um dos que obtiveram as melhores notas, mas seu nível é regular. Um sopro de esperança: o Rio Tietê, em Itu (SP), passou de ruim para regular.
Lixo da discórdia
A lei que cria o primeiro depósito de lixo nuclear da Austrália, aprovada no Senado, enfrenta resistência de ambientalistas e grupos aborígines. Antes estocados em mais de 100 “locais temporários”, como universidades e laboratórios, esses resíduos seriam levados para Muckaty Station, uma comunidade aborígine no árido Território do Norte. Além de a região ser sujeita a sismos e inundações, estudos indicam que o transporte de lixo nuclear por longas distâncias pode pôr em risco a saúde pública.
O Grupo Marfrig começou em março a mapear o uso da água nos processos produtivos (pegada hídrica) pela metodologia Water Footprint Network. É a primeira indústria do setor de proteínas animais a executar um projeto de gestão de recursos hídricos com alto grau de detalhamento.
Até 2015, a Ford pretende consumir menos de 4 metros cúbicos de água por veículo produzido nos países onde está instalada, Brasil incluído. Para tanto, foram adotadas medidas e novas tecnologias para reduzir consumo. O sistema a seco foi incorporado à lavagem dos carros da frota na fábrica de São Bernardo do Campo (SP) e também na usinagem em Taubaté (SP).
A rede de ensino de idiomas Wizard aderiu ao programa Franchising Baixo Carbono, da Associação Franquia Sustentável. A empresa deseja que 100% de suas escolas se comprometam, até 2014, a reduzir e compensar o carbono emitido.
A Divisão Especialidades Químicas da AkzoNobel investiu R$ 80 mil para recuperar a Cooperativa de Recicladores de Itupeva (SP), incentivando a coleta seletiva entre os cooperados. A cooperativa já tem 26 colaboradores, com renda mensal 73% maior do que no início do projeto.