05/07/2020 - 13:17
No início de junho, o governo paulista apresentou o Plano São Paulo para retomada das atividades econômicas. Boa parte da capital voltou imediatamente a uma agitação próxima ao normal, fazendo com que imagens dos dois meses anteriores – quando a circulação reduzida chegou a ter impacto nos índices de poluição – pareçam irreais.
Especialistas alertaram para riscos da suspensão do distanciamento social com as curvas que descrevem o número de casos e de mortes pela covid-19 ainda em ascensão. Mas os efeitos não são imediatos: sintomas surgem apenas a partir de duas semanas após a infecção e o sistema de notificações pode ser responsável por atrasos de até 60 dias nos registros.
Com três semanas de reabertura, a vigilância da evolução de casos e óbitos precisa ser cuidadosa para se traçar os próximos passos. Na quarta-feira (24/6), foi anunciada a intenção de retorno às escolas no dia 8 de setembro. Isso só acontecerá, no entanto, caso o estado inteiro se mantenha por 28 dias consecutivos na fase 3 (amarela), quando é permitida a abertura de salões de beleza, bares e restaurantes, entre outras atividades comerciais. A Grande São Paulo foi classificada em 26 de junho, uma sexta-feira, nessa fase. O Observatório Covid-19 BR ainda registra uma tendência de crescimento, sobretudo nas estimativas que levam em conta atrasos nas notificações.
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Paralisação forçada
Nestas fotos de Léo Ramos Chaves, um registro da metrópole em suspensão entre março e maio.