O Ministério da Cultura da Guatemala anunciou a descoberta dos restos de um complexo maia de cerca de três mil anos, contendo santuários, pirâmides e sistemas que podem dar mais informações sobre a importância dessa sociedade. Por meio de um comunicado, a pasta localizou o complexo em três pontos no norte do país – Los Abuelos, Petnal e Cambrayal.

A civilização maia é muito antiga e viveu por volta de 2.000 a.C. onde hoje está o México e o Guatemala. Em seu auge, entre 400 e 900 d.C., esses povos construíram templos, pirâmides, estradas, além de mecanismos complexos de escrita, matemática e até astronomia.

O nome “Los Abuelos” significa “Os Avós” em espanhol e teve origem em duas figuras de pedra encontradas no local, que podem representar um “casal ancestral”. O vice-ministro da Cultura e Esportes da Guatemala, Luis Rodrigo Carrillo, informou que as descobertas — aliadas às ruínas de santuários — mostram que a área costumava ser importante para rituais.

“Aqui fica um dos centros rituais mais importantes da região, com santuários notáveis, ajudando a reavaliar nossa compreensão da história maia”, alegou o órgão em vídeo.

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Os arqueólogos encontraram uma pirâmide de 33 metros de altura chamada “Petnal” e canais de água dentro de um palácio. “Essas novas descobertas arqueológicas constituem um testemunho da grandeza da cultura maia, que hoje estamos divulgando para o mundo inteiro”, declarou o governo.

A empreitada faz parte do Projeto Arqueológico Regional de Uaxactún e tem apoio da Universidade Comenius. Diversos especialistas participaram da descoberta, incluindo guatemaltecos, eslovacos e outros cientistas internacionais. Mesmo que não seja comum, achados de novos artefatos e ruínas maias acontecem cada vez com mais frequênciaespecialmente por causa das evoluções tecnológicas, como o mapeamento a laser.