A informação de que a Volkswagen pôs em 11 milhões de seus veículos um dispositivo para manipular dados de emissão de poluentes, divulgada em setembro de 2015, continua a produzir estragos para a fabricante alemã. Em abril, a montadora definiu com um tribunal da Califórnia um acordo que inclui o compromisso de comprar nos Estados Unidos até 480 mil carros da marca equipados com o malfadado aparelho. Essa “recompra” deverá custar à empresa mais de US$ 7,9 bilhões.

O acordo fechado também prevê investimentos no desenvolvimento de tecnologia verde para os automóveis. No mesmo mês, a Mitsubishi, sexta montadora japonesa, admitiu que usou em seus miniveículos conhecidos como kei cars (como o da foto abaixo) métodos fraudulentos de verificação de economia de combustível por 25 anos, tempo bem maior do que se imaginava. A divulgação da farsa fez o valor de mercado da empresa cair cerca de US$ 3,9 bilhões (50% do total) em uma semana. A vulnerabilidade da empresa levou a rival Nissan a adquirir 34% da marca, por US$ 2,2 bilhões, e se tornar controladora dela. Segundo analistas, esse valor foi 50% do necessário antes do escândalo para concretizar a compra.