10/01/2022 - 11:41
Estudo de seguradora alemã adverte que catástrofes naturais tendem a se tornar mais frequentes e extremas por causa das mudanças climáticas. EUA e Alemanha registraram maiores perdas por causa de desastres em 2021.Uma das maiores seguradoras da Alemanha, a Munich Re, aponta em relatório divulgado nesta segunda-feira (10/01) que os desastres naturais ocorridos em 2021 provocaram prejuízos de US$ 280 bilhões de (R$ 1,58 trilhão) em todo o mundo.
O relatório destaca que esses desastres tendem a ficar mais frequentes ou severos por causa das mudanças climáticas.
Só nos EUA, os desastres naturais provocaram danos de US$ 145 bilhões. O país sofreu com furacões, tornados, incêndios e enchentes ao longo do ano passado.
Segundo o documento, “as perdas totais e as seguradas foram significativamente mais altas do que nos dois anos anteriores”. Em 2019, os prejuízos somaram US$ 52 bilhões.
Somente o furacão Ida, o desastre mais caro do mundo em 2021, acarretou prejuízos de US$ 65 bilhões.
Na Alemanha, o custo das enchentes devastadoras de julho de 2021 foi calculado em US$ 40 bilhões – de longe o desastre natural mais caro da história do país. O índice pluviométrico foi o mais alto registrado em um século.
Aquecimento global
“O dilúvio causou enchentes repentinas que devastaram incontáveis edifícios, além de causarem danos graves em infraestruturas como estradas, linhas férreas, pontes e rodovias. Mais de 220 pessoas morreram”, destacou o relatório.
Os consultores científicos que prestaram serviços para a seguradora alemã avaliaram que as mudanças climáticastendem a agravar os efeitos dos desastres.
“Algumas das ocorrências de clima extremo são do tipo que podem se tornar mais frequentes ou mais severas como resultado do aquecimento global. Entre estas, as tempestades extremas nos EUA ou as fortes chuvas seguidas de enchentes na Europa”.
“As imagens de desastres naturais em 2021 são preocupantes. A pesquisa climática confirma cada vez mais que as condições meteorológicas extremas se tornaram mais prováveis. As sociedades precisam se adaptar urgentemente aos crescentes riscos climáticos e fazer da proteção do clima uma prioridade”, disse Torsten Jeworrek
membro do conselho de administração da Munich RE.