Antes da guerra, Mariupol era conhecida como uma lugar onde as pessoas podiam relaxar e aproveitar seus momentos de lazer. A cidade de cerca de 450 mil habitantes no sul do mar de Azov até se gabava de ter as águas balneares mais quentes de toda a Ucrânia.

O porto, visto aqui em outubro de 2018, era de particular interesse econômico. Muitos moradores trabalhavam para empresas ligadas direta ou indiretamente à atividade portuária, exportando ferro, aço, grãos e máquinas para todo o mundo.

Hoje, dois meses após o início da invasão russa à Ucrânia, quase não há navios no porto.

“As principais instalações de infraestrutura, incluindo o porto marítimo e a hidrovia, foram minadas e bloqueadas com guindastes flutuantes”, disse o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu no início desta semana. Esta foto, fornecida pela agência de notícias estatal russa Tass, mostra como está o porto hoje.

Na foto abaixo, tirada em 20 de junho de 2019, crianças brincam em um parque no centro da cidade. Ao fundo, uma igreja pode ser vista.

A mesma igreja pode ser observada em fotos mais recentes, como esta tirada em 1º de abril de 2022. É difícil dizer que esse já foi um lugar onde as pessoas vinham relaxar.

O Teatro Dramático Regional Académico de Donetsk ganhou notoriedade trágica depois de ser atacado pela Rússia em meados de março. Nesta foto, tirada em 30 de agosto de 2014, uma jovem protesta, com a bandeira ucraniana, contra a anexação da Crimeia pela Rússia. O leste da Ucrânia já estava vendo lutas e tensões na região vizinha de Donbas, mas o teatro, intacto, ainda era um local de intercâmbio cultural.

A situação é muito diferente agora, após o devastador ataque aéreo de 16 de março. Mais de mil civis, incluindo crianças, buscaram refúgio no prédio, que estava sendo usado como abrigo antiaéreo. Acredita-se que centenas tenham sido mortos.

A siderurgia Azovstal era uma das maiores da Europa. A fábrica também era uma das maiores empregadoras de Mariupol, além do porto. Esta foto do complexo industrial data de 2017.

A imagem abaixo, fornecida pela agência de notícias estatal russa Tass, tirada em 17 de abril de 2022, mostra a planta após intenso bombardeio do exército russo. O homem que aparece na foto é um voluntário checheno, lutando pela Rússia.

Entre 1 mil e 2 mil soldados ucranianos supostamente permanecem no complexo, assim como centenas de civis. No início desta semana, o presidente russo, Vladimir Putin, deu uma ordem para não enviar tropas, mas bloquear a usina. No entanto, o ataque foi retomado no sábado, depois que os soldados ucranianos se recusaram a se render.

Esta foto, que data do verão de 2018, dá uma ideia de como eram as ruas de Mariupol.

Imagens da cidade hoje mostram imensa destruição. A cidade parece um terreno abandonado, e fotos da agências mostram cadáveres no meio das ruas. Sem alternativas, as pessoas estão enterrando seus entes queridos em seus quintais.