A pior chuva em mais de oito décadas deixou boa parte de Seul, na Coreia do Sul, embaixo d’água. Pelo menos nove pessoas morreram, algumas de afogamento dentro de suas próprias casas. De acordo com a Associated Press, mais de 450 mm de precipitação foram medidos na área mais afetada pelas chuvas, no distrito de Dongjak, entre a segunda-feira (8/8) e a terça-feira (9/8) à noite. A precipitação média nessa região superou 140 mm em uma hora, o maior índice registrado na capital sul-coreana desde 1942.

A chuva invadiu casas, estabelecimentos comerciais, estações de metrô e garagens. Equipes de emergência trabalharam durante todo o dia de ontem no restabelecimento dos serviços básicos, especialmente de energia e transporte público, e nas buscas por sobreviventes e desaparecidos. Alertas de deslizamento de terra foram emitidos para quase 50 cidades e vilas no entorno de Seul. Meteorologistas apontam que a chuva deve continuar intensa até amanhã (11/8), pelo menos, com a possibilidade de cair entre 100 e 350 mm de precipitação média neste período. BloombergCNNReutersWall Street Journal e Washington Post repercutiram as chuvas em Seul.

Calor em Tóquio e na Europa

Enquanto Seul sofre com as chuvas, Tóquio convive com recordes sucessivos de calor. Os termômetros chegaram aos 35°C nesta terça-feira na capital japonesa, a 14ª vez que isso acontece em 2022, superando os recordes anteriores (13), registrados em 1995 e 2010. Por conta do calor, o governo japonês vem reiterando a necessidade de economizar energia. A notícia é da Bloomberg.

Na Europa, por sua vez, o problema é a forte seca que atinge boa parte do continente e que reduziu os níveis de reservatórios e rios para os mais baixos em décadas. A situação deve ficar mais complicada nos próximos dias, com a chegada de mais uma onda de calor. No Reino Unido, a agência meteorológica Met Office emitiu alertas de “calor extremo” para partes da Inglaterra e do País de Gales; as temperaturas devem chegar aos 35°C na sexta-feira (12/8) e possivelmente aos 36°C no sábado (13/8). Na França, 100 municípios já registram falta d’água. O ministro de transição ecológica do país, Christophe Béchu, voltou a pedir medidas adicionais de economia para evitar um colapso no fornecimento de água. “A estratégia é intensificar algumas restrições [de consumo] para evitar que cheguemos à situação de déficit hídrico prolongado, para que possamos nos antecipar a isso”, afirmou.

BloombergGuardianNY TimesReuters e RFI deram mais informações.