07/10/2022 - 10:50
Um incêndio florestal que destruiu parte da Ilha de Páscoa danificou algumas de suas lendárias figuras monumentais esculpidas em pedra, conhecidas como moais, disseram autoridades nesta quinta-feira (06/10).
- O enigma de Páscoa
- Resiliência, e não colapso: o mito da Ilha de Páscoa é revisto
- Estátuas da Ilha de Páscoa tinham objetivo de deixar solo fértil
“Quase 60 hectares foram afetados, incluindo alguns moais”, disse Carolina Perez, subsecretária de Patrimônio Cultural, em uma postagem no Twitter.
Na Ilha de Páscoa, que fica a cerca de 3.500 quilômetros da costa do Chile, 100 hectares já foram destruídos pelas chamas desde segunda-feira, segundo Perez.
A área ao redor do vulcão Rano Raraku, Patrimônio Mundial da Unesco, foi a mais afetada. Estima-se que existam várias centenas de moais nessa área, bem como na pedreira de onde é extraída a pedra usada para esculpir as esculturas. “O dano causado pelo fogo é irrecuperável”, disse à mídia local Pedro Edmunds, prefeito da Ilha de Páscoa.
Ainda não há informações sobre os danos totais. Mas o incêndio ocorre apenas três meses depois que a ilha foi reaberta ao turismo em 5 de agosto, após dois anos de fechamento devido à pandemia de covid-19.
Ilha recebia 160 mil turistas por ano
Antes da pandemia, a Ilha de Páscoa – cuja principal renda vem do turismo – recebia cerca de 160 mil visitantes por ano, em dois voos diários. Mas com a chegada da covid-19 ao Chile, a atividade turística foi completamente suspensa.
A ilha foi há muito habitada por polinésios, antes de o Chile a anexar em 1888.
Os moais foram esculpidos há centenas de anos pelo povo rapa nui, de origem polinésia, que habitava a ilha.
As estimativas variam de quando os moais foram esculpidos, mas a maioria dos pesquisadores diz que as estátuas provavelmente foram criadas entre os anos 1100 e 1600.
md/cn (AFP, ots)