Em 2023, fluxo superou o do ano anterior, mas não conseguiu retomar performance de antes do surgimento da covid-19, sobretudo nos voos domésticos.O número de passageiros que viajaram através dos 23 principais aeroportos alemães em 2023 foi maior do que no ano anterior, embora o tráfego ainda esteja abaixo dos índices anteriores à pandemia de covid-19.

Em 2023, foram registrados 185,2 milhões de passageiros nos aeroportos, o que representa um aumento de 19,3% em relação a 2022, segundo dados do Departamento Federal de Estatísticas (Destatis) da Alemanha divulgados nesta segunda-feira (05/02). Esse total, porém, ainda não é suficiente para alcançar os números pré-pandemia.

A diferença é bastante clara nos voos domésticos: o volume ficou em torno da metade do total de 2019 (queda de 49,6%), enquanto o total de passageiros que viajaram em voos dentro da Europa ou de longa distância é apenas 14,7% menor.

As flutuações nos voos de carga, que tiveram grande impulso durante a pandemia com o fechamento dos portos, foram significativamente menores, com 4,6 milhões de toneladas transportadas em 2023 – queda de 7,1% em relação ao ano anterior, e de 2,3% comparado a 2019.

Número recorde de queixas de passageiros

Por outro lado, as queixas dos passageiros atingiram alta recorde, com uma grande quantidade de ações na Justiça contra as empresas aéreas.

De acordo com a Associação Alemã dos Juízes (DRB), foram registradas mais de 125 mil queixas no ano passado – número recorde, segundo a entidade.

Em termos nacionais, o número de casos aumentou em cerca de 80% em comparação ao ano anterior. Na maioria dos casos, os passageiros pedem ressarcimento por voos cancelados ou atrasados.

Brasil volta a patamar pré-pandemia

No Brasil a realidade é diferente. Dados divulgados pela Associação Brasileira de Empresas Aéreas no final de dezembro revelaram que, em 2023, o Brasil retomou o fluxo de passageiros da época pré-pandemia.

Entre janeiro e novembro do ano passado, foram mais de 102 milhões de passageiros em voos domésticos e para o exterior, o que representa um aumento de 7,5% em relação a 2022.

Segundo a entidade, a inflação ainda pesa sobre o bolso dos consumidores. O aumento acumulado dos preços das passagens no período de 12 meses foi de 36,45%.

rc/le (ots)