23/08/2019 - 17:18
Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês), propôs que humanos usem cavernas na Lua como abrigo em missões ao satélite natural da Terra.
Segundo comunicado da ESA, embora a superfície da Lua tenha sido bem documentada com câmeras a bordo de várias missões de satélite, relativamente pouco se sabe sobre a natureza de suas cavidades subterrâneas.
Nas áreas vulcânicas dos “mares” lunares, geólogos identificaram fendas, que poderiam estar relacionados ao colapso de cavidades como os tubos de lavas, estruturas por onde a lava fluiu sob a superfície lunar.
Os mares lunares formam a parte mais escura da Lua. São superfícies onde a lava vulcânica se solidificou. Essas áreas ganharam esse nome porque os astrônomos antigos pensavam que as manchas escuras da Lua tratavam-se de oceanos.
Segundo Franceso Sauro, diretor de geologia planetária do PANGEA, programa de treinamento para astronautas, explorar e mapear esses tubos de lava poderia fornecer novas informações sobre a geologia da Lua. Mas as cavernas também poderiam ser uma opção de abrigo de longo prazo para futuros visitantes humanos à Lua.
“As cavernas protegeriam os astronautas da radiação cósmica e micrometeoritos e, possivelmente, forneceriam acesso a água gelada e a outros recursos presentes no subsolo”, disse Sauro no comunicado.
A ESA disse que, para moldar futuras expedições para explorar as cavernas lunares, a agência está buscando ideias para missões com objetivos científicos específicos. Além da capacidade de acessar, navegar e mapear as cavernas, os conceitos propostos poderiam incluir uma linha de comunicação entre um sistema dentro de uma caverna e o mundo exterior e instrumentos que fazem medições cientificamente relevantes do ambiente da caverna.
“Estamos procurando por sistemas que pousem na superfície lunar, identifiquem e acessem uma caverna e contribuam para a exploração científica da Lua.”, afirma Loredana Bessone, que está liderando a busca por ideias como chefe do treinamento de testes e exploração de campo analógico na ESA.