O acordo contra a mudança climática elaborado em Paris na COP21, em 2015, ganhou um enorme impulso na véspera da cúpula do G20 (grupo formado por governantes e ministros de finanças das 20 maiores economias do mundo), realizada em Hangzhou, na China, de 4 a 5 de setembro. Em uma reunião bilateral, os presidentes dos maiores poluidores do mundo, o chinês Xi Jinping e o americano Barack Obama, ratificaram o documento, um passo decisivo para sua confirmação: ele só entrará em vigor 30 dias após ser aprovado por, no mínimo, 55 países que representem 55% das emissões mundiais de gases-estufa. Até então, 24 países haviam ratificado o texto, mas  a soma de suas emissões não chega a 2% do total. Já China e EUA representam quase 40% das emissões. Horas após a ratificação, Obama e Xi entregaram a Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU, os documentos que confirmam a adesão formal de seus países ao acordo. E os membros do G20 concordaram, no fim da cúpula, em “fazer esforços para uma pronta entrada em vigor e implementação” do acordo de Paris, segundo Xi Jinping. O caminho para uma ação mundial contra a mudança climática está, assim, mais aberto do que nunca. Mas nem tudo são flores: o candidato republicano à presidência dos EUA, Donald Trump, já avisou que, se vencer as eleições deste ano, vai rever o acordo. Em tempo: o Brasil (2,5% das emissões) ratificou o texto em 12 de setembro.