24/11/2025 - 14:47
País salta da 10ª para a 4ª posição em ranking que reúne 123 países, atrás de Holanda, Croácia e Áustria. Brasil também melhorou, mas ainda fica bem atrás de outros na América Latina.Em um ano, a Alemanha saiu da 10ª para a 4ª posição num ranking internacional de domínio do inglês , ficando atrás apenas de Holanda (1º), Croácia (2º) e Áustria (3º).
O ranking EF English Proficiency Test , da associação de cursos de inglês Education First, é o maior estudo internacional sobre o domínio de inglês em diferentes países. Os resultados da edição de 2025 baseiam-se em dados recolhidos no ano anterior de 2,2 milhões de participantes de 123 nações.
Desta vez, porém, pela primeira vez foram verificadas também, além da compreensão escrita e auditiva do idioma, as habilidades de conversação e escrita de pessoas que têm o inglês como língua estrangeira.
A Alemanha, que é considerada um país de “proficiência muito alta” em inglês, vem melhorando seu desempenho nos últimos 15 anos, mas viu essa trajetória ser interrompida pela pandemia.
O país fez 615 pontos no ranking, contra 624 da líder Holanda. Os alemães tiveram um desempenho especialmente bom na leitura (623 pontos), mas pior na compreensão auditiva (609), escrita (564) e conversação (521).
O salto qualitativo no domínio do inglês foi especialmente pronunciado no caso de adultos entre 31 e 40 anos.
A EF define como “proficiência muito alta” falantes do inglês capazes de usar linguagem nuançada e apropriada em situações sociais, ler textos complexos com facilidade e negociar um contrato com um falante nativo do idioma.
Brasil na 75ª posição
Embora o Brasil tenha subido algumas posições no ranking – do 81º lugar em 2024 para o 75º em 2025 –, o país segue classificado como de “baixa proficiência” em inglês e tem, ao longo dos últimos 15 anos, oscilado em seu desempenho, alternando anos de melhora e piora, sem grandes progressos no quadro geral.
A EF define como de “baixa proficiência” falantes de inglês capazes de se deslocar como turista por um país de língua inglesa, participar de conversas superficiais e entender emails simples.
Na América Latina, o Brasil fica atrás da Argentina (26º), Honduras (32º), Uruguai (34º), Paraguai (43º), El Salvador (47º), Bolívia (49º), Venezuela (51º), Peru (52º), Chile (54º), Costa Rica (55º), Cuba (56º), Nicarágua (60º), Guatemala (61º), República Dominicana (63º) e Panamá (70º).
Dentre os países da região, só perdem para o Brasil: Colômbia (76º), Equador (83º), Haiti (99º) e México (103º).
Mas há disparidades regionais dentro do Brasil: a cidade de Florianópolis, por exemplo, marcou 577 pontos no ranking – bem acima da média nacional, de 482 pontos. E há também diferenças demográficas, com jovens na faixa de 21 a 25 anos à frente de outros grupos etários, marcando 538 pontos.
Os brasileiros se saem especialmente bem na leitura (516 pontos), mas vão pior na escrita (442), conversação (464) e compreensão auditiva (468).
O relatório da EF destaca que a proficiência em inglês “reflete a capacidade de uma força de trabalho de participar da economia global para além de fronteiras nacionais”, e afirma que, apesar dos avanços da inteligência artificial, é improvável que ela substitua alguns métodos de aprendizagem do idioma, como a imersão linguística e o intercâmbio de experiências.
ra (ots)
