Aplicativo desenvolvido pelo governo alemão teve 48 milhões de downloads, com 9 milhões de alertas para testes positivos.

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Com a atual baixa incidência de covid-19, país decide retirar a ferramenta de circulação.Três anos depois do início da pandemia de covid-19, o aplicativo do governo alemão que alertava sobre o coronavírus deixou oficialmente de enviar alertas. Desde esta segunda-feira (01/05), não é mais possível, por meio do app, publicar o resultado de testes positivos ou mesmo ser avisado sobre locais com alta incidência do vírus.

O app entrou em funcionamento em 16 de junho de 2020, pouco mais de três meses após a Organização Mundial da Saúde (OMS) ter classificado a covid-19 como pandemia – o que ocorreu oficialmente em 11 de março de 2020.

No dia 1º de junho de 2023, o app entrará em modo “sleeping”, ou seja, será suspenso. Isso significa que não será mais possível atualizá-lo, e ele não estará mais disponível para download nas lojas de aplicativos da Google e da Apple.

Os usuários poderão, no entanto, manter o app no telefone celular, conservando o certificado de vacinação online, bem como a agenda de contatos.

Segundo o ministro da Saúde da Alemanha, Karl Lauterbach, o motivo para a suspensão dos serviços do app decorre da atual baixa incidência de infecções e da consequente alta imunidade da população, o que tornou a doença menos grave.

Mas Lauterbach indica que os alemães não apaguem o aplicativo porque ainda há a possibilidade de ele ser usado novamente no futuro tanto para o coronavírus quanto para “outras doenças ainda mais infecciosas”.

Números imprecisos

O custo para o desenvolvimento do aplicativo foi de pouco mais de 220 milhões de euros. Em quase três anos de funcionamento, a ferramenta do governo alemão foi baixada 48 milhões de vezes, com uma estimativa que varia de 25 milhões a 35 milhões de pessoas utilizando a ferramenta ativamente.

Estima-se também que 9 milhões de usuários emitiram alertas após terem testado positivo para o corona, e um total de 270 milhões de alertas foram publicados no app, a exemplo de locais com alta concentração de habitantes infectados, o que teria ajudado nas medidas de distanciamento e outros cuidados para não contrair a doença.

Na primavera de 2022, por exemplo, quando a Alemanha teve alta incidência de infecções por coronavírus, o app do governo teria sido responsável pelo compartilhamento de 17% de todos os testes positivos.

Apesar da alta popularidade, alguns políticos contestam a eficácia da ferramenta e pedem avaliações mais apuradas do Ministério da Saúde alemão.

Nova variante em São Paulo

Nesta segunda-feira, a cidade de São Paulo teve o primeiro caso confirmado da mais nova variante do coronavírus, a XBB.1.16, também conhecida como arcturus. A confirmação do caso ocorreu na última sexta-feira (28/04).

Segundo a prefeitura, o paciente é um homem de 75 anos – com comorbidades e acamado – que apresentou sintomas de gripe e febre no início de abril. Ele possui esquema vacinal completo.

A OMS está monitorando a arcturus e, em meados de abril, classificou a nova variante como “de interesse”, embora, até o momento, ela não tenha apresentado agravamento da situação da pandemia. Além de tosse e febre alta, a coceira nos olhos é outro possível sintoma da XBB.1.16.

gb (dpa, ots)