15/09/2016 - 19:16
Energia das marés oceânicas – Uma grande central-piloto, utilizando as marés excepcionalmente fortes da baía do Monte Saint-Michel, na França, funciona há alguns anos, com uma produção anual de aproximadamente 400 milhões de kilowatts/hora. Na mesma região, erguendo-se uma grande barragem, seria possível produzir 50 vezes mais energia, mas é pouco provável que esse projeto seja realizado antes do fim do século. Em outros lugares, como a Baía de Fundy, entre o Maine (Estados Unidos) e Nova Brunswick (Canadá), projetos de uma amplitude comparável seriam viáveis, mas de qualquer forma a produção de energia elétrica a partir das marés sempre seria irrelevante. Se ela fosse explorada incessantemente, por exemplo, forneceria apenas 567 bilhões de kilowatts/hora por ano, o que corresponde a 1% do total consumido no mundo em 1970.
Energia do vento – Experiências em escala reduzida mostraram que os moinhos de vento modernos seriam importantes na produção de eletricidade nas regiões onde os ventos são regulares e fortes, mas não se pode esperar nenhum desenvolvimento importante nesse setor. Ainda que um grande número de bombas hidráulicas eólicas seja utilizado para fornecer água necessária à irrigação em diversos lugares, os ventos contribuem pouco para o fornecimento mundial de energia.
Energia geotérmica – A temperatura muito elevada das rochas nas profundidades alcançadas pelas perfurações recentes trouxe como possibilidade a ideia de utilizar o calor interno do planeta. As pesquisas que se desenvolvem nesse setor visam extrair calor dos vulcões ou das águas quentes existentes nas areias de bacias sedimentares profundas. Até agora isso foi realizado apenas em algumas regiões, como na Itália e na Nova Zelândia, onde certas atividades vulcânicas trazem rochas fundidas próximas à superfície. A maior experiência na exploração de energia geotérmica está sendo realizada em Larderello, na Itália, onde funciona uma usina cuja capacidade atual é de 370 mil kilowatts.
Energia solar – Há várias formas de aproveitamento dessa energia, que sempre foi de importância vital para a humanidade, e suas possibilidades de substituir os combustíveis fósseis são muitas. A Terra recebe do Sol uma quantidade de energia 167 mil vezes maior do que seus habitantes consomem atualmente. Se em 600 km2 fossem instalados aparelhos para conversão de energia solar, obter-se-ia toda a energia necessária a um país como os EUA. Mas, por enquanto, uma produção gigantesca de energia elétrica a partir do calor do sol – apesar de estar sendo pesquisada com afinco e afirmando-se como um dos sistemas mais eficazes para combater a crise ameaçadora – não promete uma aplicação prática imediata.