2010, o ano mais quente

O Escritório de Meteorologia do Reino Unido anunciou em dezembro que 2010 deverá ser o ano mais quente desde o início das medições, há 160 anos. Segundo os cientistas, a temperatura média da superfície da Terra será de 14,58ºC – 0,58ºC acima da média do período 1961- 1990 (14ºC). Assim, 2010 superaria 1998, cuja temperatura média foi de 14,52ºC. O aumento é atribuído à combinação do aquecimento global com o fenômeno El Niño (o aquecimento periódico das águas tropicais do leste do Pacífico).

 

Elefantes indianos de volta à natureza

O governo indiano decidiu instalar todos os elefantes cativos em circos e zoológicos do país em parques e reservas naturais, de modo que eles possam mover-se e alimentar-se mais livremente. A medida – que afeta cerca de 140 elefantes, presos em 26 zoológicos e 16 circos locais – foi tomada após os protestos de defensores dos direitos dos animais, que denunciaram as precárias condições dos elefantes nesses locais.

 

Noruega, defensora da Amazônia

Os noruegueses estão mesmo dispostos a preservar a floresta amazônica. O país escandinavo já havia assinado em 2008 um acordo pelo qual doará até US$ 1 bilhão ao Fundo Amazônia, do governo brasileiro, até 2015, e em novembro definiu um tratado similar com a Guiana. Pelo texto, a Noruega destinará até US$ 250 milhões em cinco anos para a manutenção da floresta tropical do país vizinho. O desmatamento das florestas tropicais representa 20% de todas as emissões de dióxido de carbono.

 

Gigante menor

O Monte Branco, pico mais alto dos Alpes, perdeu altura: em dois anos, foram 45 centímetros. A montanha, situada entre França, Itália e Suíça, mede agora 4.810,45 metros, segundo o topógrafo Bernard Dupont. Embora o volume de neve e gelo também tenha caído 10% nesse período, Dupont não acredita que o fenômeno esteja diretamente ligado ao aquecimento global.

 

 

Tempos difíceis para o Yangtze

Principal rio da China, o Yangtze enfrentará várias complicações com o aquecimento global, preveem institutos de pesquisa do país e a ONG WWF. Segundo o relatório que divulgaram em 2009, a elevação da temperatura nas próximas décadas fará a bacia do rio passar por grandes inundações, secas e tempestades, que ameaçarão cidades como Xangai, situada na foz do Yangtze. A queda na produção de alimentos será uma das consequências da mudança. A bacia do rio abriga cerca de 400 milhões de chineses.

 

Tevês mais econômicas na Califórnia

A Comissão de Energia da Califórnia decidiu que, a partir de 2011, todos os televisores de até 58 polegadas (147,32 centímetros) deverão apresentar maior eficiência energética. Atualmente, apenas 25% dos aparelhos disponíveis nas lojas atendem a esse requisito – e o controle ficará mais rigoroso em 2013. Segundo analistas, a medida permitirá uma economia anual de cerca de US$ 1 bilhão e evitará a construção de uma usina elétrica de 500 megawatts.

 

Edifícios mais verdes na União Europeia

A União Europeia definiu em novembro que a maioria dos novos edifícios construídos em seu território e aqueles que forem passar por remodelações mais substanciais terão de provar que terão um padrão elevado de eficiência energética a partir de 31 de dezembro de 2020.

Atualmente, as edificações geram 36% das emissões de dióxido de carbono e respondem por 40% do consumo de energia no bloco. Os prédios públicos terão de cumprir a nova regra dois anos antes dos demais.

 

Empresas+verdes

A Pado lançou no fim de 2009 a linha de fechaduras Ecoinox, cujos produtos, elaborados em aço inox, utilizam uma tecnologia que dispensa o tratamento de superfície de cromo, substância considerada prejudicial ao meio ambiente. As peças aliam a esse ingrediente um design exclusivo e diferenciado.

 

A Natura aderiu ao programa Defensores do Clima, da WWF-Brasil, e pretende baixar em 10%, ante 2008, as emissões absolutas de seus processos operacionais até 2012. Primeira empresa a aderir ao programa no Brasil, ela planeja atingir a meta usando energias renováveis, como etanol e biomassa.

 

A C&A inaugurou em Porto Alegre (RS) sua primeira loja ecologicamente sustentável no País, a segunda do mundo. Além do uso de produtos ambientalmente corretos para racionalizar o consumo de água e energia, a iniciativa tem como destaque o “Espaço Cliente”, local de informações sobre sustentabilidade e com confecções sustentáveis.

 

O Hospital do Câncer de Barretos (SP) inaugurou em dezembro o Centro de Prevenção de Câncer de Mama Instituto Avon, um dos mais modernos da América Latina. A Avon, por meio do instituto, deu R$ 6 milhões para a conclusão do centro, que permitirá a realização de exames em mais de 11 mil mulheres por mês.