18/08/2025 - 14:58
Pesquisadores da Universidade de Oxford parecem ter desvendado um mistério arqueológico de mais de 70 anos. Uma substância encontrada dentro de jarros italianos foi identificada como algo próximo ao mel, segundo estudo publicado no Journal of the American Chemical Society.
A história começou em 1954, quando arqueólogos encontraram jarros de bronze de mais de 2500 anos em Paestum, cidade grega na Itália meridional. O cheiro doce e cor amarelada levantaram a suspeita de que seria mel, mas nunca houve constatação da existência de açúcares.
+ Vasos de mais de mil anos encontrados no Laos guardam restos mortais de crianças
+ Como eram os penicos na Roma Antiga? Arqueólogos mostram
Foi quando os estudiosos recorreram aos químicos para analisar o conteúdo, utilizando técnicas de espectrometria e análise proteômica. Com esses novos exames, os cientistas encontraram açúcares hexoses, como a frutose, além de proteínas típicas da geleia real produzida por abelhas e peptídeos da Apis mellifera, a abelha europeia.
Tal substância é equivalente à mistura de cera e mel das abelhas, comprovando a teoria inicial dos cientistas de que aquilo seria favo de mel. A preservação do material se deu pela presença de íons de cobre que, com propriedades biocidas, o protegeu de microrganismos e mantiveram os açúcares ao longo do tempo.
A descoberta ajuda a exemplificar como a parceira entre química e arqueologia é essencial para desvendar mistérios da história. Com a evolução tecnológica andando a passos largos, é provável que novas revelações façam parte do futuro.