01/08/2011 - 0:00
O gás carbônico está chegando à atmosfera dez vezes mais rapidamente do que no Máximo Térmico do Paleoceno-Eoceno, evento que, há 56 milhões de anos, fez a temperatura da Terra subir pelo menos 5°C entre 10 mil e 20 mil anos. Segundo Lee Kump, professor da Penn State University (EUA) e coautor do estudo, a aceleração leva o sistema climático a se ajustar a uma perturbação mais intensa do que o Máximo Térmico, abrindo caminho para um evento de mudança do clima mais abrupto e danoso para a Terra.
Escola ecológica
Inaugurado no fim de maio, o Colégio Estadual Erich Walter, na zona oeste do Rio de Janeiro, é a primeira escola sustentável do Brasil. Conta com painéis solares, iluminação natural, área de reciclagem, telhado verde, equipamentos para reaproveitar a água da chuva, bicicletários e pavimento permeável, entre outros detalhes. Projetado pelo escritório de arquitetura Arktos, o colégio servirá de piloto para outros projetos de escolas verdes no Brasil.
Design sustentável
O Prêmio Design Sustentável, parte do projeto Time to Care, criado pela empresa suíça Victorinox (produtora de itens que vão de canivetes a relógios e roupas) para estimular a inovação e a sustentabilidade, receberá votos até 31 de agosto pelo site timetocare.victorinox.com/pt/home.html. Concorrem sete projetos, de várias partes do mundo.
Massacre de rinocerontes
Caçadores clandestinos abateram 193 rinocerontes sul-africanos no primeiro semestre de 2011. Nesse ritmo, segundo a organização WWF, o recorde de 2010, de 333 animais mortos, deve ser batido facilmente. Para Joseph Okori, coordenador do programa de rinocerontes da WWF, os caçadores demonstram sofisticação e dispõem até de helicópteros. O chifre do rinoceronte é usado na Ásia como remédio na medicina tradicional.
Fundo financeiro Kayapó
Foi criado em julho o Fundo Kayapó, que apoiará, com recursos do Fundo Amazônia, ações de proteção de terras dos índios caiapós. Até R$ 22,3 milhões poderão ser aplicados em projetos nessas áreas dedicados a controle e monitoramento ambiental e territorial; fomento a atividades produtivas sustentáveis e atividades de gestão ambiental; e custeio e manutenção de organizações indígenas formuladoras desses projetos. No sul do Pará e no norte de Mato Grosso vivem cerca de 7 mil caiapós.
Cu$to trilionário
Um estudo encomendado pela ONU que servirá de base para os debates do encontro Rio+20, no Brasil, em 2012, definiu quanto custará para o mundo passar para uma economia sustentável e, simultaneamente, eliminar a fome e a pobreza: US$ 2 trilhões por ano, durante quatro décadas. Por enquanto, o investimento mundial destinado à transição para uma economia sustentável é de US$ 100 bilhões por ano, 5% do valor proposto.
Jejum à base de água
A indústria de eletroeletrônicos Panasonic e oito empresas japonesas trabalham no projeto de uma “cidade inteligente” mais verde, confortável e energeticamente eficiente. A Fujisawa SST (abreviatura em inglês de Cidade Inteligente Sustentável) será erguida em Fujisawa, a 50 km de Tóquio. Terá cerca de mil domicílios e será aberta em 2014, a um custo de R$ 1,16 bilhão.
A Panasonic anunciou que aplicará ali “soluções abrangentes para toda a casa, todo o prédio e toda a cidade” e pretende replicar a experiência no Japão e no Exterior.
Empresas + verdes
O McDonald’s pôs à venda tíquetes antecipados relativos ao McDia Feliz, marcado para 27 de agosto. A arrecadação dos tíquetes (R$ 9,75 cada, trocado no caixa por um Big Mac) e da venda total do sanduíche nesse dia é revertida para o combate ao câncer infantojuvenil. Este ano, 74 projetos de 59 instituições do país receberão recursos da campanha.
O Projeto AMA, programa ambiental do Grupo Petrópolis, já plantou 420.289 mudas de árvores nos municípios que abrigam as quatro fábricas de cerveja da empresa: Petrópolis (RJ), Teresópolis (RJ), Boituva (SP) e Rondonópolis (MT). A meta do grupo é plantar 1,1 milhão de mudas nativas da Mata Atlântica e do Cerrado.
O Instituto Claro trocou em junho todas as urnas de coleta do programa Claro Recicla, presente em cerca de 2 mil pontos de venda da operadora no país. As novas peças têm capacidade 50% maior para receber acessórios eletrônicos descartados, estrutura mais resistente e display com informações sobre o programa.
A empresa brasileira de petróleo e gás HRT lançou, em parceria com a Fundação Amazonas Sustentável (FAS), o projeto Barril Verde. Pela iniciativa, a cada barril que produzir na Bacia do Solimões (AM), a empresa doará R$ 1 para a conservação da floresta e a melhora da qualidade de vida de seus moradores.