Uma equipe de arqueólogos do TMSP (Temple Mount Sifting Project) encontrou um selo de argila de 2,6 mil anos com uma inscrição em hebraico durante escavações em Jerusalém, conforme comunicado à imprensa divulgado na quarta-feira, 30 de julho. Conforme os pesquisadores, o objeto está marcado com um nome que teria associação com Asayahu, descrito como servo do rei Josias de Judá pela Bíblia Hebraica. As informações são da “Popular Mechanics”.

O arqueólogo Mordechai Ehrlich foi o primeiro a encontrar o artefato. Na antiguidade, os selos funcionavam como um método de identificação que marcava objetos, prevenia roubos e mostrava quem era dono de certas propriedades, sendo colocados em bens como vinhos e azeite.

Marcas no parte de trás do objeto indicam que ele era usado como fecho de uma bolsa ou um recipiente que servia para armazenamento. A escrita na argila segue padrões que foram utilizados do final do século VII a.C. ao início do século VI a.C.

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Além da inscrição, que dizia “Pertencente a Yed[a’]yah (filho de) Asayahu”, um exame apontou a presença de uma impressão digital no selo, que provavelmente pertenceria ao proprietário do artefato.

O nome de Asayahu aparece na Bíblia Hebraica — chamada de Tanakh — no trecho que é contada a história do rei Josias. Segundo as escrituras, o monarca teria ordenado que fossem feitos reparos no Primeiro Templo de Jerusalém há 2.600 anos.

Durante as obras, foi encontrado um pergaminho que alertava sobre um castigo divino e, preocupado com a profecia, Josias enviou membros de sua corte, incluindo Asayahu, para buscarem o conselho de uma profetisa chamda Hulda, descreve o livro sagrado.

Asayahu, descrito como um servo do rei, seria um alto funcionário e os pesquisadores supõem que seu filho, a quem pertence o selo de argila encontrado, também teria uma posição privilegiada no Reino de Judá.

Para os pesquisadores, é possível que o artefato tenha uma associação com o personagem bíblico. “Obviamente, não temos certeza de que o Asayahu mencionado no selo seja o mesmo que aparece na Bíblia”, comentou o arqueólogo Zachi Dvira, acrescentando que vários objetos achados nas escavações possuem nomes bíblicos, já que não eram utilizados por pessoas comuns.